Votos de fora de Franca quase elegeriam Roberto Engler


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A reeleição de Roberto Engler à Assembleia Legistativa do Estado, com votação recorde, foi comemorada com muita festa
A reeleição de Roberto Engler à Assembleia Legistativa do Estado, com votação recorde, foi comemorada com muita festa
O desempenho obtido nas urnas pelo deputado estadual reeleito Roberto Engler (PSDB), domingo, é uma façanha para poucos. Tão impressionante quanto a votação, 122,5 mil votos, foi o resultado que ele conseguiu fora de casa. Foram 74,6 mil votos vindos do Estado. Celso Giglio, o último a conseguir uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo partido, somou 76,4 mil, ou seja, só com os votos de fora, Engler quase se elegeria.
 
Na região Nordeste do Estado de São Paulo, composta pelas áreas de Franca, Ribeirão Preto, Barretos, Araraquara e São Carlos, nenhum candidato a estadual conseguiu resultado melhor. O ribeirãopretano Rafael Silva, com 121 mil, foi o que mais se aproximou.
 
Fora Franca, Guaíra foi a cidade que mais deu votos a Engler. Foram 11.592 votos, 59% do eleitorado. Mas foi na vizinha Patrocínio Paulista que ele obteve o melhor percentual. De cada dez eleitores da cidade, sete digitaram o seu número na urna eletrônica contribuindo com 5.347 votos. “Levei um susto com a expressiva votação. Isto é resultado do trabalho consistente que fazemos durante o mandato”, disse, durante entrevista à Difusora ontem. 
 
A votação externa do deputado deu um salto em relação ao verificado nas duas últimas eleições. Em 2006 e 2010, Engler bateu na casa dos 44 mil. Domingo, conseguiu acrescentar mais 30 mil na conta. O segredo, explica, é não se afastar dos municípios, ser honesto com os eleitores e lideranças e atender as demandas possíveis. “Estou sempre presente nas cidades perguntando em que posso ser útil, mas não enganamos ninguém. Não assumimos compromisso que não seja possível atender.”
 
Se o desempenho fora cresceu, em Franca ocorreu o contrário. Em 2010, Engler obteve 51.258 votos na cidade. Nas eleições de domingo, foram 47.924, uma queda de 3,3 mil. Na avaliação do deputado, o elevado número de candidatos, eram 11, seria a causa para a redução. 
 
Tony Hill (PMN), por exemplo, que teve 10,7 mil votos na cidade, foi apoiado pelo ex-prefeito Sidnei Rocha (PSDB) e por membros do governo municipal. Certamente, tirou votos que poderiam ser destinados a Engler. Diante de cenários como esse que se desenhavam, Engler se preparou para um prejuízo maior e intensificou o trabalho nas cidades menores. O planejamento superou a mais otimistas das expectativas. 
 
Gilson de Souza (DEM) não conseguiu neutralizar a previsível queda. Ele perdeu sete mil votos em Franca e outros 2,8 mil fora. Com isso, somou 67.797 mil, contra 77,6 mil de 2010, e conseguiu apenas a terceira suplência da coligação.
 

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