O deputado estadual Gilson de Souza (DEM) disse que a construção de um hospital das clínicas e a implantação do curso de Medicina na Unesp serão os seus desafios para o novo mandato, caso se reeleja. A afirmação foi feita durante sabatina no GCN ontem. O candidato focou suas respostas no tema saúde e ressaltou conquistas, como redução do ICMS do calçado, fim da Curva da Morte, construção do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) e Poupatempo. Evitou polêmicas com adversários e teve dificuldade para falar de suas propostas para as áreas de segurança e educação.
Gilson disse que o trabalho realizado como deputado o credencia a continuar representando a cidade. Convidou os eleitores a compararem a cidade antes do “Gilson deputado” e após ele ter assumido uma cadeira na Assembleia Legislativa. “Nosso prestígio em São Paulo é muito forte. Trabalhei muito pela Franca e pela região. Temos bons projetos para a cidade. Fizemos muito e temos muito ainda para fazer.”
Lembrou ter trazido 23 deputados para participarem do Fórum do Calçado na cidade, iniciativa que culminou com a redução do ICMS para o setor calçadista. “Com a medida, evitamos que empresas fechassem suas portas. Ali, começou a salvação do emprego e a solução para a permanência das indústrias, não só em Franca, mas em Jaú, Santa Cruz do Rio Pardo e Birigui.”
Mesmo com o governo injetando cerca de R$ 28 milhões por ano na Santa Casa, Gilson acredita que é possível construir outra unidade do Estado na cidade. Ele disse que há três anos trabalha para viabilizar a vinda de um Hospital das Clínicas, que há estudo técnico comprovando a necessidade do investimento e que o projeto tramita na Assembleia. “Não podemos ficar só com a Santa Casa, a cidade cresce, a população cresce e a doença chega. O que nós vamos fazer? Projetar um outro hospital. Já temos que mandar o paciente para Ribeirão Preto. Por que não trazer um hospital para fazer o atendimento mais perto de quem precisa?” Ele não estima quanto o investimento vai custar.
O deputado também afirmou que a implantação do curso de Medicina na Unesp é uma proposta viável. A crise enfrentada pelas faculdades públicas, em sua opinião, seria passageira. “O dinheiro existe, é questão de gestão. Lá são cinco alqueires, são vários os cursos. Já existe toda a estrutura, o espaço físico.”
Se tem claro o que pretende para a saúde, Gilson não foi objetivo ao falar de outros setores. O tema segurança pública continua a incomodá-lo. Disse que a proposta para diminuir a criminalidade é investir na educação e na prática esportiva. Questionado sobre qual ação imediata propõe, deu exemplo de medida adotada pelo governo federal na Copa. “Por que a criminalidade e a violência na Copa do Mundo diminuíram na totalidade? Porque houve um esforço da Polícia Civil e da PM que fizeram um trabalho em conjunto.”
Gilson disse que é contra a centralização do 190 em Ribeirão Preto e contra o sistema de progressão continuada implantado nas escolas do Estado, mas repetiu que sua atuação se limita a cobrar. “Não tenho, como deputado, o poder de fazer um projeto para resolver, porque é cargo do Executivo.”
Evitou fazer críticas ao prefeito Alexandre Ferreira (PSDB), que disse recentemente não precisar mais de “emendinhas” de deputados para ajudar a Santa Casa, disse que o deputado estadual Roberto Engler (PSDB) é “esforçado” e que em Brasília há muito por se fazer, numa aparente reprovação ao trabalho do deputado federal Doutor Ubiali (PSB). Mesmo quando questionado se sentiu-se traído pelo vereador Laercinho (PP), que deixou de apoiá-lo para candidatar-se a estadual, foi evasivo na resposta. “Eu me senti preocupado. Eu contava com ele, sim, mas é o desejo dele e ele tem o direito de sair.” Finalizou listando novamente as conquistas obtidas e disse que sua vida é dedicar-se a ajudar a resolver o problema da saúde da Franca e da região.
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