Os primeiros sapatos de que se tem notícia apareceram na Mesopotâmia e no Egito 5 mil anos antes de Cristo. Eram sandálias feitas de fibras vegetais, como folhas secas de palmeiras, e couro retirado de mamíferos. Mas nem todo mundo podia usá-las: elas eram exclusividade dos soberanos sumérios, assírios, babilônicos, cretenses e egípcios. Os plebeus andavam descalços. Nesta última civilização, a egípcia, o faraó dava muita importância às sandálias. Ele tinha um empregado encarregado de levá-las de um lugar ao outro, quando viajava.
Também na mesma época surgiram as botas, mas em outra região, a Pérsia. As botas, que na verdade eram pedaços de couro amarrados aos pés e às pernas, foram criadas pelos persas, que viviam nas montanhas e viajavam a cavalo. Sentiam muito frio nos pés, e, no inverno, as extremidades corriam o risco de ficarem enregeladas. O couro protegia os pés de maiores males e permitia ao viajante, caçador ou pastor enfrentar as duras jornadas sobre pedras.
Aos poucos as sandálias foram evoluindo e os materiais usados na sua fabricação aprimorados. Isso conferia maior conforto aos pés. Com o tempo, os mais pobres foram aprendendo a fabricar o próprio calçado, e nessa arte colocavam suas criações: um enfeite aqui, um cordão ali, um salto acolá. Até que chegou o tempo em que andar descalço era algo impensável.
Nossa cidade é grande produtora de calçados masculinos, femininos e infantis. Os produtos de Franca calçam pessoas do Brasil inteiro e milhares no Exterior. As fábricas de calçados empregam ainda muita gente.
Curiosidades
A partir de hoje, quem for a São Paulo pode acompanhar uma mostra que remonta à trajetória do mais essencial item de vestuário: o calçado.
A exposição A História do Sapato, no Morumbishopping, revela a evolução do calçado ao longo dos séculos
A mostra exibe itens raros como o sapato criado em 800 a.C, na Síria e a sandália de madeira do tesouro de Tutancamon
Há também produções hollywoodianas, como o sapato de cristal de Cinderela e os sapatinhos de Dorothy em O Mágico de Oz.
Encontram-se também os usados por celebridades como as atrizes Marylin Monroe, Sophia Loren, Brigitte Bardot, e até mesmo por Sissi, imperatriz da Áustria.
Os 92 pares expostos estão distribuídos em doze vitrines sob cinco temas: sapatos antigos, de desenhos, glamour, famosos e únicos.
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