Morreu, provavelmente no domingo ou segunda-feira, 27/28, na sauna de sua residência, segundo informações da família, o conhecido e respeitado catedrático de Direito Civil, especialidade Direito das Coisas, da Faculdade Municipal de Direito de Franca, Galdino Flávio de Sousa. A causa da morte, segundo o legista, foi parada cardiorrespiratória.
Prof. Galdino, que morava só há pouco tempo - seu irmão, Silvio, que com ele residiu, morreu há 30 dias - passou a tarde do domingo, 27, na residência de sua irmã, Maria José. Voltou à sua casa por volta de 19 horas. Na segunda-feira, faltou à sessão de fisioterapia a ele agendada. Na terça-feira, 29, após vários telefonemas feitos pela família e não atendidos, irmãos, parentes e amigos utilizaram uma chave-mestra, abriram a casa e o encontraram morto.
Estava afastado de suas atividades docentes na Faculdade de Direito desde o fim de junho, para tratamento de saúde. A morte do irmão “o abalou profundamente. Safenado desde meados dos anos 90, debilitou-se pela perda do irmão, também em função da idade, deprimiu-se. Seus companheiros de escola o convenceram a passar por descanso e tratamento, e ele aceitou”, segundo a irmã Maria José.
Galdino era francano, divorciado, filho de João Flávio de Souza e Geralda Martins Tristão, já falecidos. Teve nove irmãos (Eracides, falecido; Delcides, Nidia, Maria José, João Antônio, Flávio, Sílvio, falecido; e Antônio). Revelou, desde cedo, vocação ao sacerdócio. Foi, então, estudar no Colégio São José, de Ribeirão Preto, iniciando caminhada para tornar-se padre. De Ribeirão, veio para o Seminário Agostiniano da Capelinha, em Franca. Concluiu teologia, o que lhe trouxe relevante formação filosófica e cultural.
Galdino, após deixar o seminário, tornou-se professor de cursinhos. Atuou em Presidente Prudente e São Paulo. De volta a Franca, resolveu estudar na Faculdade de Direito. Formado, tornou-se professor da escola. Até sua morte, foram 20 anos de “excelente magistério, respeito de alunos e de seus companheiros docentes”, como disse o secretário executivo da instituição, Hugo Ravagnani.
Ao início de 2013, foi eleito por docentes como Chefe do Departamento de Direito Privado da instituição de ensino. Exercitaria o cargo até maio de 2015. Estava também dedicado à orientação de TCC (Trabalhos de Conclusão de Curso). Segundo o atual diretor da Faculdade, Décio Piola, “Galdino era um professor extremamente dedicado. Aproximava-se de seus alunos e os ajudava mesmo fora dos horários de aula. Possuía vasta cultura jurídica geral e a casava com seus conhecimentos filosóficos, o que conferia às suas aulas um misto de rigor legal e emoção em exatas medidas”. Também, segundo ele, a escola se declara em luto oficial por três dias, em saudação à memória do professor morto. O velório aconteceu no São Vicente de Paulo ontem. Na mesma data o corpo foi levado a sepultamento no Cemitério Santo Agostinho, às 13 horas, pela Funerária Tedesco.
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