Endividamento cresce e já atinge a metade da população francana


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A queda nos preços do quilo da batata e do tomate impulsionou para baixo os valores da cesta básica na pesquisa feita neste mês de julho em Franca
A queda nos preços do quilo da batata e do tomate impulsionou para baixo os valores da cesta básica na pesquisa feita neste mês de julho em Franca
Pelo menos 52,2% dos francanos terminaram o mês de junho endividados. Isso é o que aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Ipes (Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais) do Uni-Facef (Centro Universitário de Franca), divulgada pela Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca). Os dados mostram que o número é maior do que o constatado em maio (44,9%), mas menor que a média dos últimos 12 meses (53,7%). De acordo com as informações colhidas com 1.006 consumidores locais, com idades superiores a 18 anos, 5,5% tinham dívidas em atraso no último mês e 1,1% declararam não ter condições de pagá-las. 
 
Para o professor de economia e diretor administrativo do Sicoob/Cred-Acif, Donizeti Tridico, inflação, queda do poder de compra e elevação no desejo de consumo são os principais fatores para este cenário. “O cidadão trabalha de olho primeiramente na sua necessidade básica. Outro fator do endividamento é que a oferta de crédito é muito alta e cara”, disse ele, através da Acif, que citou a alta nos produtos mais básicos de consumo como outro fator para o endividamento. “Estamos sofrendo uma estiagem fortíssima na região e há uma redução na oferta, encarecimento na banca ou supermercado e queda no consumo por causa do preço.” Outra pesquisa do Ipes mostra que, apesar de o preço da cesta básica ter caído, os valores das compras no supermercado estão em alta (leia texto nesta página). 
 
Na conclusão da pesquisa do endividamento, a realização da Copa do Mundo também aparece como fator para o endividamento, já que o início e fim do período de férias foram antecipados em virtude do Mundial.
 
A grande fonte de endividamento francano revelou ser o cartão de crédito, que apareceu em primeiro lugar na tabela de Tipos de Dívidas com 74,13%. Em segundo lugar, com 45,56%, ficaram os carnês e, em terceiro lugar, com 23,17%, se firmou o financiamento de veículos.
 
Os números revelam que, aliados à inadimplência, o endividamento e a perda do poder de compra apontam para o desaquecimento do comércio. Uma melhor visão de cenário só é vislumbrada a partir do fim de ano, quando o poder de compra dos consumidores se eleva em decorrência dos benefícios salariais, como o décimo terceiro salário.

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