Na década de 30 a Alemanha começou a ser dominada por um regime ditatorial que reprimia as chamadas “raças inferiores”, como judeus, negros e ciganos. Para apoiar as ideias, Adolf Hitler criou o Ministério da Propaganda, chefiado por Joseph Goebbels. Esse ministério era responsável por divulgar as ideias por toda a Alemanha e utilizava filmes, revistas e jornais para isso. Em 1935, o ministério publicou uma revista para mostrar como a raça ariana era superior. Na capa havia um bebê, mas esse bebê, para desespero de Goebbels, era judeu.
Esse fato foi revelado recentemente, após Hessy Taft, criança da foto que hoje está com 80 anos, doar a capa da revista para o Museu do Holocausto, em Israel. Hessy declarou que o fotógrafo decidiu fotografá-la para desmoralizar o regime.
Entre 100 crianças, Hessy foi selecionada pelo próprio Hitler e pela equipe de Goebbels, para estampar a capa da revista e de cartões postais por toda a Alemanha e Lituânia. Após descoberto a ascendência da criança, as cópias da revista foram recolhidas e destruídas, fazendo da cópia que Hessy doou, uma raridade.
A família da bebê fugiu com o início da Segunda Guerra, para Paris e depois para os EUA, onde permanecem até hoje. Hessy é química e leciona a matéria na Universidade de St. John's, em Columbia.
A mulher disse que queria dizer como o fotógrafo foi corajoso, mas nunca teve a chance.
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