justiça
jus.ti.ça
sf (lat justitia) 1 Virtude que consiste em dar ou deixar a cada um o que por direito lhe pertence. (...) 2 Ação de reconhecer os direitos de alguém a alguma coisa, de atender às suas reclamações, às suas queixas etc. Michaellis
direito
di.rei.to
adj (lat directu) 1 Que segue ou se estende em linha reta; reto; direito (...) 2 Correto, justo, honrado, íntegro 3 Justo, razoável, legítimo. Michaellis
mérito
mé.ri.to
sm (lat meritu) 1 O mesmo que merecimento. 2 Valor moral ou intelectual. (...) 3 O que torna uma pessoa, obra ou ação dignas de elogio, estima ou recompensa. 4 Aspecto de um ato administrativo que o torna adequado, conveniente e oportuno para o interesse público. Michaellis
Páginas de jornal, sabemos todos, se deterioram, tornam-se amarelas, certificados da idade e veracidade histórica, mas não se desfazem o conteúdo, o conjunto de ideias, fatos e fotos que profissionais do jornalismo, em seu dia a dia, tornam próximos de seus leitores, proporcionando-lhes condições de, bem informados, tomarem partido, ou não; pensarem com a própria cabeça, ou não; posicionarem-se frente aos cenários de seu tempo, ou não. São democracia pura. Quem tem informação factual decide por si próprio, e assim, pode liderar, deixar de ser manada.
Este Comércio tem cumprido integralmente seus compromissos há 99 anos, 22.080 edições em circulação ininterrupta, provendo sua missão de informar. Começou como sonho de alguns e se tornou, face à determinação e seriedade de seus pioneiros e continuadores, um dos mais críveis e respeitados meios de comunicação do país. Também está disponível em todo o planeta - e como tem francanos por todos os lados desta “pequena” aldeia global - com suas edições digitais através do portal GCN.net.
Fez-se o companheiro fiel das manhãs, esperado em casa ou na internet, claro que nem sempre portador de notícias cor-de-rosa - que alguns entendem, deveriam ser a essência do jornalismo -, mas, com certeza, mensageiro capaz de fazer pensar nas coisas e nas causas das coisas, nas razões que - infelizmente - têm motivado alguns poucos a se afastarem do que é justo e ético e a chafurdarem na inutilidade de suas vaidades pessoais, mas, também - e felizmente - nas vocações de todos os outros, bem estabelecidas e exercitadas para promover o mundo melhor e mais justo que ansiamos e merecemos.
Na capa do número 1 deste Comércio, publicada em 30 de junho de 1915, o primeiro artigo expunha os motivos que levaram homens sérios da época a darem um jornal à cidade, um meio de comunicação diferente do rádio para contar a vida francana em papel, dando forma e face, através de textos e fotos que não se perderiam mais porque arquiváveis rumo ao futuro, identidade e sentido de pertencimento à sua gente. O texto se tornou o Código de Ética da publicação, palavras pétreas a nortear, ainda hoje, a ação de tantos e importantes personagens que, ao longo das décadas seguintes se dedicaram a manter e proteger a linha editorial que fez do jornal o mais crível veículo de comunicação da história francana. Nele, grafia da época e dificuldades das operações gráficas do tempo, tudo se aclarava:
“Resolvendo a publicação deste jornal, temos em mira o firme propósito de contribuir para o engrandecimento de nossa terra. (...) Procuraremos evitar as discussões infrutíferas, fugiremos às dissensões pessoaes. (...) Só daremos guarida a questões particularisadas quando o indivíduo tenha contribuído para o engrandecimento ou depreciação da collectividade. (...) Não mediremos sacrifícios toda vez que se tratar de glorificar a Justiça, de realçar o Direito, de engalanar o Mérito. Registraremos todos os atos dignos e recommendal-o-hemos aos nossos leitores como estímulo para imitação. Eís, palidamente, nosso programma. (...) No firme propósito de prestar algum serviço à população ledora, entregamos-lhe hoje o nosso jornal e esperamos merecer-lhe o indispensável apoio moral e material” (José de Mello, proprietário, 30 de junho de 1915)
Hoje este Comércio permanece vinculado a este Código de Ética, mesmo convicto de que o mundo moderno se solidariza mais com baixos valores morais, pouca ou quase nenhuma ética, com leis caolhas produzidas por personagens políticos distantes da realidade e das esperanças que seus eleitores lhes depositam - exatamente as leis que institucionalizam um antro de agasalho e respeito a impunes, corruptos e criminosos de todos os naipes.
A cada dia, antes de iniciar nossas atividades, preparamo-nos para o trabalho orando “Não mediremos sacrifícios toda vez que se tratar de glorificar a Justiça, de realçar o Direito, de engalanar o Mérito”. E agregamos: “Registraremos (hoje e sempre) todos os atos dignos e recommendal-o-hemos aos nossos leitores como estímulo para imitação”.
Agradecemos aos 93,4% dos francanos e da população regional que, todos os dias, tomam ciência do que publicamos, segundo atestam institutos de pesquisas referenciais há quase uma década. Também, a empresas e parceiros comerciais que garantem nossas operações de produção de alta qualidade jornalística e comprometimento integral com a verdade. À véspera dos cem anos estamos felizes e realizados, premiados com o “indispensável apoio moral e material” que nosso primeiro artigo tinha por expectativa.
Acompanhem, neste caderno especial de comemoração de aniversário, olhares de nossos editores, redatores e colaboradores sobre nossa história. De novo, agradecemos a cada um de nossos leitores, os desta edição impressa e os digitais do portal GCN.net, que recebem notícias de nossa Franca em todas as latitudes.
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