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Denúncias, informações, sensacionalismos escandalosos, matéria paga, divulgações científicas, paparazzi, classificados, recall, esportes, cultura, lazer, negócios, receitas, etc. Tudo isso e mais um pouco, nos foi facultado, graças à imprensa, principalmente a livre.
 
Os antigos sinais de fumaça, os sons emitidos a distância, foram algumas das maneiras, pelas quais os agrupamentos humanos tentavam trocar informações importantes.
 
Com o passar dos séculos, o desenvolvimento da escrita abriu novas perspectivas para o mundo da comunicação.
 
Os papiros foram relevantes em sua época, registrando a vida dos nobres e do povo egípcio. A escrita cuneiforme dos sumérios é encontrada até hoje em sítios arqueológicos da antiga mesopotâmia.
 
As civilizações sul americanas dos antigos maias, astecas e incas nos legaram, esculpida em pedra, toda a saga de suas civilizações com seus avançados conhecimentos de matemática, arquitetura e astronomia. Mas foi em 105 D.C., na China, que surgiu o marco para que as informações fossem apresentadas de maneira mais prática para serem manipuladas e transportadas: o papel
 
E finalmente, em 1439, Gutemberg apresentou ao mundo a prensa. Desta forma, deu-se um salto imenso para que o acesso ao conhecimento pudesse ser um pouco mais divulgado. Daí para a criação dos periódicos foi muito rápido.
 
O mundo foi se comunicando mais, tornando-se mais conhecido, as distâncias foram diminuindo e chegamos aos séculos 19, 20 e 21, quando a imprensa, não somente relatava os acontecimentos, como passou a ser investigativa, crítica, ousada, uma arma poderosa para derrubar ou fazer ascender aos pináculos da glória, políticos, artistas e pessoas anônimas.
 
Os correspondentes de guerra denunciaram as atrocidades do nazismo, do Vietnã, dos paredões de Cuba, dos campos de prisioneiros da Sibéria, do genocídio promovido pelo governo do khmer vermelho no Camboja, etc. Realizaram e realizam um trabalho árduo e muitas vezes heroico; e não podemos nos esquecer, para sermos realmente justos, dos fotógrafos, que através de imagens impactantes nos falam muito mais ao coração do que mil palavras. Quem não se recorda da criança nua correndo pelas estradas do Vietnã, juntamente com a população apavorada após um ataque de armas químicas do inimigo? A foto da primeira pegada do homem na lua, da ovelha Dolly, do primeiro bebê de proveta...
 
Quantos governos caem em função dos furos de reportagem, como por exemplo, no caso Watergate, que culminou com a renúncia do presidente americano Richard Nixon?
 
Mas o mundo está mudando vertiginosamente. E a era da informática está trazendo novos caminhos para a humanidade; aí estão as famosas redes sociais, tão bem usadas por grupos com as mais diversas intenções atualmente. Hoje, com um simples clique no micro podemos ler as últimas notícias em tempo real.
 
Todavia, aquela saída até a banca do jornaleiro nos domingos pela manhã é um ritual delicioso. Depois, as páginas coloridas servirão para recortar as letras para os trabalhos escolares, os jovens querem ver o que está passando no cinema e as melhores baladas, os rapazes disputam o caderno de esportes e assim toda a família curte estas folhas de papel, conversando, interagindo e perpetuando esta atividade tão vital em todas as épocas: que é a de estarmos bem informados. Viva os 99 anos do Comércio da Franca!
 
 
Anita Rodrigues Ferreira da Silva é leitora

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