Moradores da Vila Formosa convivem com problemas na coleta do lixo


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TERRENO BALDIO NA RUA fRANCISCO DEOCLECIANO RIBEIRO, NA VILA FORMOSA, É USADO COMO  DEPÓSITO DE LIXO E DE MÓVEIS VELHOS. ‘ESQUELETOS’ DE SOFÁS E ESPUMAS SE ESPALHAM NA ÁREA
TERRENO BALDIO NA RUA fRANCISCO DEOCLECIANO RIBEIRO, NA VILA FORMOSA, É USADO COMO DEPÓSITO DE LIXO E DE MÓVEIS VELHOS. ‘ESQUELETOS’ DE SOFÁS E ESPUMAS SE ESPALHAM NA ÁREA
O programa Hora da Verdade Itinerante, da rádio Difusora AM, estacionou na Vila Formosa no dia 9 de abril. Os moradores de um dos mais tradicionais bairros da cidade e moradia de milhares de francanos tiveram oportunidade de desabafar seus problemas aos jornalistas Leandro Vaz, apresentador, e Corrêa Neves Júnior, comentarista do programa. Eles reclamaram principalmente da constante presença de mendigos e pedintes no bairro, lixos espalhados nas ruas e terrenos, praças com mato alto, ruas perigosas e com asfalto ruim.
 
A aposentada Maria Lúcia Bigi é testemunha de muitos destes problemas vivenciados pela população do bairro. A maioria deles ela encontra ao abrir a porta de sua casa, na rua Laureano Antônio do Vale, especialmente lixo acumulado em pontos próximos à residência. Segundo a aposentada, a coleta de lixo não é bem feita e raramente há varredores pelas ruas da Vila Formosa. “Os lixeiros passam, mas derrubam o lixo na rua ou então não recolhem tudo. Como eles passam correndo sobra um tanto de lixo pra gente varrer no dia seguinte. Os varredores também são uma negação. Eles deveriam vir para o bairro às segundas e quintas-feiras, mas quase não aparecem”, disse a aposentada.
 
Além das ruas, a praça principal do bairro acumula, segundo alguns moradores, lixo constantemente. “Aqui virou praça de ninguém. As pessoas jogam lixo sem dó nenhuma e os latões chegam a transbordar. Na maioria das vezes, demoram a recolher e os cachorros espalham tudo. Precisávamos de mais atenção do poder público porque aqui fica mais tempo com mato alto do que limpo”, desabafou uma moradora do bairro que pediu para não ser identificada.
 
Uma extensa área desocupada na rua Francisco Deocleciano Ribeiro também gera há algum tempo reclamações. O terreno acumula mato alto, bichos peçonhentos e lixos. O Comércio flagrou colchões, pneus, entulhos e até “esqueletos” de sofás no local, que ainda oferece risco para quem transita porque a área não possui calçadas, o que obriga os pedestres a caminharem pela rua. Vizinhos relatam que já viram escorpiões, cobras e outros bichos saírem de lá. Os moradores afirmam que o mato só é podado depois de insistentes pedidos à Prefeitura.
 
Pedintes
Lixo e mato não são as únicas reclamações de quem vive na Vila Formosa. A presença de pedintes também incomoda. Segundo um deles, a situação impede até mesmo o lazer da população. Eles costumam ficar em frente à Igreja São Benedito. “Tenho três filhos e não posso levá-los para brincar lá. Eles ficam mexendo com nossos filhos e até com as mulheres. Eles não respeitam ninguém. Estamos precisando de ajuda.”
 
Ruas
Algumas ruas do bairro são um problema. Na Carlos de Vilhena, por exemplo,o excesso de veículos que transitam nas duas mãos e não respeitam a sinalização provocam, segundo os moradores, um caos. “Está uma calamidade. Por duas vezes, moto e carro pararam pouco antes de atropelar eu e meu filho. Gritei e frearam em cima da gente. Qualquer engenheiro vai dizer que está tudo errado. Está a ponto de tirar a vida das pessoas”, disse, ao vivo, a dona de casa Edinete Costa no Hora da Verdade Itinerante.
 
Respostas
O engenheiro da Leão Engenharia, Rodolfo Lopes, disse estar ciente de problemas com a varrição e garantiu que estão empenhados em resolvê-los. “Algumas ruas dão algum problema maior, mas os moradores ligam e a gente sempre passa e resolve.”
 
A respeito da coleta, Rodolfo afirma que estão empenhados e cobrando melhorias, mas que muitas vezes os cachorros espalham o lixo que foi colocado muito cedo nas calçadas.
 
O Comércio encaminhou para a Prefeitura questionamentos sobre os outros problemas apontados pelos moradores, mas não obteve respostas.
 
O vereador Luiz Vergara (PSB) participou do Hora da Verdade Itinerante na Vila Formosa e comentou problemas da cidade. Para ele, faltam meios e pessoas para corrigirem “os erros que fizeram”. O parlamentar falou também sobre a declaração dos médicos do Pronto-Socorro à CEI da Saúde na Câmara. “Pela gravidade da denúncia, o Ministério Público e a Polícia Civil precisam investigar este crime que está acontecendo com o dinheiro público.”
 
A vereadora Valéria Marson (PSDB), presidente da CEI da Saúde, também participou do programa e afirmou que as pessoas citadas nos depoimentos dos médicos à Comissão serão chamadas para depor. “Esta investigação da CEI tem que ser séria para que não ocorra injustiça, mas os problemas existem, foram apontados e nós vamos levantar até o fim.” 

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