Já falamos aqui no Clubinho que os africanos trouxeram para o Brasil uma cultura riquíssima. Eles influenciaram a língua que falamos, emprestando-nos muitos termos como quiabo, samba, moleque, angu... Ensinaram-nos a fazer pratos deliciosos como farofas e vatapás. Introduziram um ritmo que nos deixou famosos: o samba. E repetiram aqui danças que eram comuns nos lugares de onde vieram, dentre elas a Congada e o Moçambique.
Essas danças retratam cerimônias realizadas no mês de maio em homenagem a São Benedito, Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia e São Domingos. São realizadas em vários estados brasileiros. As danças e versos cantados diferem muito pouco de um lugar a outro, provavelmente pelos sotaques regionais.
Historiadores encontraram documentos sobre cerimônias de Congada realizadas em nosso país desde o século XVII. Nessa época, por volta de 1650, essas apresentações com músicas, danças e cantos já eram muito apreciadas. Como elas nunca pararam de acontecer, ficaram preservadas. Há versos cantados por inteiro, como se não houvessem passados os séculos. Na Congada, resgata-se a coroação de um Rei do Congo. Daí o nome.
Já as Folias de Reis foram trazidas ao Brasil pelos portugueses. Em Portugal as Folias sempre foram festa religiosa. Elas pertencem ao ciclo das festas de Natal. Lembram a visita que os Reis Magos fizeram a Jesus Cristo, logo depois de seu nascimento. Os grupos de Folias de Reis usam roupas coloridas e dançam ao som de tambores, reco-reco, flauta, rabeca, viola caipira, sanfona e gaita.
Estes grupos se chamam ‘companhias’. E se reúnem para mostrar sua arte. No último final de semana, onze grupos de Folias de Reis, Congada e Moçambique apresentaram-se em Franca, louvando os santos de maio e celebrando o fim da escravidão. A Lei Áurea, que oficialmente os libertou, foi assinada em 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel.
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