Quem nunca viu montinhos de terra salpicados em campos agrícolas, jardins e relvados? Eles são geralmente o resultado da intensa atividade de um habitante do subsolo – a toupeira, sempre atarefada na construção dos seus túneis e galerias. Ela pertence ao grupo dos mamíferos.
Seu corpo cilíndrico e alongado, sem pescoço, está extremamente bem adaptado aos hábitos subterrâneos e escavadores. Os olhos encontram-se cobertos por pele e os ouvidos tapados por pelos. Asssim, estes animais ouvem e enxergam mal. Por outro lado, os membros dianteiros estão hiper-desenvolvidos, destacando-se uma pata espalmada com cinco garras largas e fortes. O lado da palma está virado para fora, funcionando como uma pá. O focinho é pequeno e afilado e tem função tátil muito desenvolvida.
A distribuição das toupeiras pelo mundo é vasta, indo da Europa até o Japão. No Brasil é encontrada em quase todas as regiões. Seu principal predador acaba por ser o homem, que vê nela uma praga, responsável pelo desenraizamento de plantas de cultivo e deslocamento de raízes. De fato, enquanto constroi galerias, a toupeira vai revolvendo a terra, causando alguns prejuízos a agricultores e jardineiros. No entanto, a sua presença tem também um lado positivo, visto ser uma grande consumidora de animais prejudiciais a muitas plantas de cultivo e o resposável por oxigenar o solo através da sua atividade escavadora.
Quando jovens, as toupeiras podem ser predadas por raposas, aves de rapina, gatos e cães domésticos. A sua dieta é essencialmente constituída por minhocas e larvas de insetos. As presas são capturadas durante a escavação das galerias ou quando entram ou saem pelas aberturas dos pequenos montículos de ligação ao exterior. Por vezes armazenam alimentos perto do ninho por períodos superiores a dez dias.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.