Agentes da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Franca, comandados pela delegada Graciela de Lourdes David Ambrósio, prenderam na manhã de ontem o homem acusado de estuprar um estudante de 12 anos, portador de necessidades especiais. O suspeito, que não teve a identidade revelada, é solteiro e tem 40 anos. Ele foi preso em sua residência na Vila Santa Luzia. Ao contrário do que a família da vítima imaginava e havia declarado à polícia, o acusado não é proprietário de lavajato e, sim, lavador de carros. Ele foi demitido na segunda-feira.
“Logo após tomarmos conhecimento das graves acusações, e o exame do IML (Instituto Médico Legal) confirmar que houve o coito anal, representamos junto à Justiça pela prisão temporária, que foi decretada ontem (segunda-feira) e cumprida hoje (ontem)”, disse Graciela.
Em seu interrogatório, o lavador de carros negou que tenha praticado o crime e que está sendo acusado “inocentemente”. “As declarações são confusas, distorcidas. (Ele) Nega que tenha saído com as crianças, mas há depoimentos que não deixam dúvidas de que ele, de fato, saiu. As explicações dele não me convenceram”, garantiu a delegada.
O lavador de carros, segundo apurou a polícia, estuprou o menino de 12 anos no dia 8 de março. Na ocasião, ele teria dado R$ 20 ao garoto após um “encontro”. À família, o menino disse que o dinheiro seria fruto de trabalhos no lava jato. Posteriormente, ele revelou o estupro. Depois disso, o acusado se aproximou da família para, segundo a delegada, “preparar o campo a fim de atacar os outros dois irmãos (de 10 anos e 14 anos)”, também portadores de necessidades especiais. “Ele estava dando dinheiro, presentes, ganhando a confiança dos pais com promessas para chegar aos outros dois”, disse Ambrosio.
O caso foi descoberto pelos pais das crianças no último dia 17. O lavador de carros estava na casa da família, disse que precisava ir até a avenida Brasil, mas após sair seguiu em sentido contrário. O pai desconfiou. Ao buscar os filhos, ele viu o rapaz falando com as crianças. Perguntou e os três filhos contaram o que estava ocorrendo. Ele comunicou o caso à polícia no dia 18. “A criança detalhou como era abusada pelo autor e o laudo comprovou a materialidade do crime (estupro). Os outros não foram abusados, mas falaram sobre como eram assediados”, disse Graciela.
Com a prisão temporária decretada pela Justiça, a delegada espera ter tempo hábil para terminar as diligências do caso. Ela anunciou que ao término do inquérito, representará pela prisão preventiva. “A (prisão) temporária é válida por 30 dias. Com a preventiva, ele vai responder ao processo preso, sem possibilidade de fuga.” O acusado está recolhido na cadeia de Batatais.
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