
A professora Bruna Giorjiani de Arruda, 28, foi impedida de assumir o cargo por ser considerada obesa mórbida. Após passar em segundo lugar em um concurso público da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a professora de Sociologia não assumiu o cargo na Escola Genaro Domarco, em Mirassol (SP).
Após fazer a entrevista e o exame físico com uma médica do Estado, na hora de conferir o diário oficial, Bruna teve uma surpresa. Na frente do seu nome estava escrito “não apta”. Bruna saiu de sua cidade, São José do Rio Preto, e foi até São Paulo, para pedir uma nova perícia e descobrir porque não passou no concurso. “Peguei meu prontuário e lá estava escrito que eu apresentava obesidade mórbida e não era apta a um cargo no Estado”, disse a professora que revelou que os médicos foram diferentes em cada etapa: um aprovou e o outro não.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que a decisão do perito é inconstitucional. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo manifestou-se contrário aos laudos de inaptidão de Bruna. O Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo também se manifestou em nota dizendo que os critérios técnicos e científicos estão
previstos na legislação (Lei nº 10.261/1968 com redação alterada pela Lei Complementar 1.123/2010), além de normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) do qual o Brasil é signatário.
Bruna ainda aguarda uma definição.
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