
Ozania Fernandes Sá Teles, 15, que residia no Aeroporto III e foi encontrada morta na zona rural de Capetinga (MG) na manhã do dia 4 de fevereiro, foi assassinada por um cliente. A afirmação é do delegado Marcos Pimenta, titular da Delegacia de Homicídios de Passos (MG). Segundo ele, a jovem era garota de programa e foi contratada por Cleiton dos Reis Ribeiro, 29, do Residencial São Tomás, por R$ 40. O encontro foi regado a drogas e, durante troca de ofensas, o comerciante estrangulou a garota.
Com a prisão temporária decretada, Ribeiro foi levado para a penitenciária de Passos. Ele será indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte). Pimenta lembrou que apesar dos envolvidos serem de Franca, o crime ocorreu em Minas e o comerciante será submetido à Justiça do Estado vizinho.
Localizado e preso, Cleiton Ribeiro confessou o crime. “Após nove depoimentos de pessoas ligadas à jovem, descobrimos que ela era garota de programa e atuava no (Jardim) Guanabara”, contou o delegado. A princípio, a informação levou os policiais de Passos a imaginar que a solução do caso poderia levar meses. Uma jovem envolvida com prostituição poderia ter saído com qualquer pessoa de Franca, de outra cidade ou até de outro Estado.
Mas a informação de que ela tinha um celular ajudou a polícia. O delegado pleiteou e obteve junto à operadora do aparelho de Ozania os dados telefônicos para saber quem manteve contato com ela nos últimos dias. “Para a nossa surpresa, ele (celular) estava sendo usado depois da morte da jovem”, revelou Pimenta.
Cruzando informações e ligações telefônicas, a polícia chegou ao nome de Cleiton dos Reis Ribeiro. Sábado, com apoio de policiais de Franca, Pimenta e sua equipe montaram campanas, identificaram o autor e seus hábitos. A prisão ocorreu na segunda-feira, pouco antes das 9 horas, quando Ribeiro deixava sua residência.
“Ele não ofereceu resistência e confessou que contratou a vítima por R$ 40 para atos sexuais. Por ser casado e conhecido em Franca, a levou até a zona rural de Capetinga. Eles usaram drogas, houve um desencontro de ânimos e ele acabou com a vida da jovem”, disse Pimenta.
No depoimento gravado que prestou no local dos fatos (e ao qual o Comércio teve acesso), Ribeiro contou como ocorreu o crime. Logo após dispensar o corpo, ele voltou a Franca, pegou pertences pessoais e fugiu para Itaú de Minas (MG). Três dias depois retornou para Franca e dispensou o celular da vítima na Vila São Sebastião. O comerciante usou o celular da vítima. Logo após o crime, ele ligou para a própria mulher pouco e disse que tinha atropelado uma jovem e abandonado o corpo em Capetinga.
A companheira foi uma das testemunhas ouvidas pela polícia. Em depoimento, a mulher disse que após tomar conhecimento através da imprensa do encontro do corpo da jovem morta por estrangulamento, imaginou que o marido pudesse estar envolvido no caso.
O caso
Ozania foi vista pela última vez com vida dia 3 de fevereiro. No dia seguinte, seu corpo foi localizado em Capetinga. Sem identificação, foi sepultado como indigente. Dia 5, sem saber do ocorrido, a mãe Carmem Lúcia Fernandes registrou o desaparecimento da garota.
Quinta-feira, 6, através de fotos da polícia mineira, Carmem e o marido José André Sá Teles reconheceram o corpo da filha. Desde então procuram ajuda para trazê-lo e sepultá-lo em Franca.
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