A vida nas cavernas pré-históricas


| Tempo de leitura: 4 min

Você já ouviu falar do filme Os Croods, que está passando num dos cinemas da cidade? É um desenho que conta história interessante, engraçada e baseada em fatos que podemos chamar de verdadeiros. Sim, porque os Croods representam a família que vivia na Pré-História. Como assim, Pré-História? Vamos explicar.

Quando falamos em História, estamos contando um tempo que começa quando o homem inventa a escrita. Isso aconteceu há mais ou menos 4 mil anos antes de Cristo. Como nós estamos no ano 2013, podemos dizer que foi há aproximadamente 6 mil anos que apareceram as primeiras formas escritas. O homem das cavernas viveu antes disso. Ele viveu no tempo antes da História, na Pré-História.

Este homem não escrevia mas já desenhava. Ou melhor, rabiscava formas nos paredões das cavernas. Usando pedaços de pedra, riscava imagens e depois preenchia as depressões com as tintas obtidas de folhas trituradas e outros elementos da natureza. Na França, numa caverna chamada Lescaux, há pinturas que os cientistas datam de 15 mil anos. Tempos pré-históricos.

O homem pré-histórico descobriu o fogo ao ver florestas se incendiando pela queda de raios. E aprendeu a conservá-lo, o que significou grande conquista. Com uma tocha nas mãos poderia enxergar na noite escura, aquecer-se e afastar animais ferozes. Depois descobriria que o fogo podia cozinhar alimentos. Antes de dominar o fogo, os humanos só comiam alimentos crus.

Descobrir como produzir fogo pelo atrito de pedras ou madeiras foi grande descoberta. Alimentos cozidos duravam mais, a caçada diária era feita com menor ansiedade, pois havia um estoque mínimo de comida guardada. A claridade na caverna afastava os bichos e permitia à família primitiva reunir-se em torno da fogueira.

A evolução através do conhecimento de coisas novas foi lenta mas progressiva. Aos poucos, tendo aprendido a transformar pedaços de pedra em machados, facas e lanças, o homem se instrumentalizou para caçar de forma mais fácil e para cortar peles a fim de fazer roupas e sapatos que o protegessem de forma mais eficiente.

Os avanços foram acontecendo aos pouquinhos. E o homem, que ficava a maior parte do tempo dentro da caverna, saiu dela e descobriu que podia plantar sementes, domesticar alguns animais, fazer objetos de barro e cerâmica para acondicionar comida e água. Isso foi há aproximadamente 10 mil anos. É neste tempo que vivem os Croods.


Uma família igual a muitas

A família Croods é formada pelo pai Grug; a mãe Ugga; os filhos adolescentes Thunk e Eep, mais a caçula Sandy. Tem também uma avó hilária de personalidade forte, que não se deixa enganar. Fora do núcleo familiar, vindo de outra caverna, aparece na história o jovem e solitário Guy. É ele quem descobre o fogo e também como fazer sapatos com a pele dos animais.

A dinâmica da família Croods até se parece com a de muitas que conhecemos e vivem próximas a nós. Grug, o pai, é forte e costuma enfrentar animais ferozes para defender sua família. Mas ele tem um lado medroso que o impede de sair da caverna . Teme o que não conhece.

Sua filha Eep é totalmente diferente. Pra começo de conversa, como toda adolescente de todas as épocas, é rebelde. E também muito aventureira. Seu sonho é sair da caverna, buscar coisas novas, descobrir o que existe lá fora. Como o pai não deixa, ela briga com ele.

Quem faz o meio de campo nesta relação tumultuada é a mulher de Grug. Todos os dias Ugga tem de fazer algum esforço para apagar alguma fogueira e levar pai e filha ao entendimento. Não é fácil, mas ela batalha muito para manter a família unida. Também se preocupa com a filha mais nova, Sandy, e o filho do meio, Thunk.

Sandy gosta de caçar e corre riscos sérios diante de animais selvagens. Ela ainda não fala, só ruge. E morde quem estiver por perto quando está irada. Bem diferente dela é o irmão Thunk. Alegre e animado, ele nunca discute as regras estabelecidas por Grug. Não pensa em sair de seu mundinho, de sua caverna. Ajuda muito a família porque é grande caçador.

Resta falar da avó, uma velhinha que palpita em tudo e não se deixa submeter pelas regras de Grug. Ela é mãe de Ugga e gosta de contestar o genro. E em algumas ocasiões é capaz de o atacar, batendo nele. Também opina sobre o comportamento dos netos e da filha.

Tudo segue nesta rotina pré-histórica até que uma catástrofe obriga os Croods a procurar um novo lugar para viver. O velho Grug, que vivia repetindo “O medo é bom, a mudança é ruim”, não tem saída. Reúne seu clã e vai em busca do novo lar. Nesta procura, todos encontram pelo caminho situações bem complicadas. Mas descobrem um novo mundo.
 

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários