No Brasil vivem tantas espécies animais que muitas vezes aparece o nome de alguma de que a gente sequer tinha ouvido falar. No item aves, então, o número delas é impressionante. Por exemplo, este nome que você vê aí em cima, narcejão, já tinha ouvido falar dele?
Nós também não. Esta ave apareceu num programa de televisão dedicado à natureza e chamou a atenção de muita gente. Ela vive em pântanos e regiões inundadas. Pode aparecer também no cerrado. Ela é ave de hábitos noturnos. Voa à noite, girando no ar em espiral enquanto emite sons agudos e estridentes. Este som é chamado de onomatopaico. Ou seja, tem um sentido que as pessoas lhe atribuem. Por exemplo, a galinha d’Angola emite um som que escutamos como “tô fraco, tô fraco, tô fraco’. Então achamos que ela está dizendo que está fraca. Existe um pássaro que canta fazendo um som assim: “fogo pagô, fogo pagô, fogo pagô”. Então, o homem do campo diz que ela está pedindo água para apagar algum incêndio: “fogo apagou, fogo apagou, fogo apagou...”
Com o narcejão a história que contam é bem interessante. Aliás, é uma lenda que circula pela região de Bom Jesus do Pirapora, onde a ave é mais encontrada. Seguinte. “Um capataz, julgando-se traído por sua namorada, mandou surrar um rapaz que acreditava ser seu rival. Como o rapaz refutasse a acusação, o capataz lhe disse: ‘- Eu vou te matar e a seus filhos todos. Só não farei isso se aquele pau rolar.’ O moço, escutando essas palavras, para proteger seus filhos se transformou num pássaro.”
É o narcejão, que grita assim: Rola pau! Rola pau! Rola pau! Até hoje este canto do narcejão está identificado pelo povo a alguma coisa ruim que vai acontecer.
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