A história do queijo Canastra se confunde com a história do Brasil em alguns pontos. A técnica de produção chegou com os portugueses na colonização do País, assim como o gado utilizado para fornecer o leite para o queijo; foram os tropeiros, na época do ouro de Minas, os primeiros “comerciantes” do Canastra. Em meados do século XVIII, no lombo de seus cavalos, os comerciantes levavam o produto ao interior do Brasil para consumo próprio e para a venda ou troca por outras mercadorias. Foi assim que, aos poucos, o queijo mineiro da serra da Canastra foi se tornando conhecido e desejado nos mais diferentes Estados da federação.
Os cavalos foram sendo substituídos pelo carro de boi. No começo do século XX, mercadores abarrotavam os carros de queijo e seguiam viagem por meses, principalmente para o Estado de São Paulo, onde trocavam o alimento por sal e outros produtos.
Na época, a fiscalização era quase nula, se comprava e vendia qualquer coisa. Hoje há um rigor na lei e, apesar dos inúmeros pedidos dos produtores para que a comercialização seja liberada, fora de Minas Gerais o Canastra ainda é proibido.
A LEI
O decreto lei de 1952 é o marco regulatório da produção agroindustrial no Brasil. Não há legislação específica para produtos agroartesanais, como cachaça, queijos, embutidos, doces e compotas artesanais, que são, por isso, considerados ilegais.
“Nós temos condição de produzir queijo com qualidade e segurança alimentar atendendo o mercado nacional com padrão de qualidade, gerando emprego, mantendo o homem no campo e valorizando nossa identidade cultural”, afirma João Carlos Leite, produtor de Canastra da Fazenda Agro-Serra.
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