Após sete anos, Rifaina ganha ‘nova praia’


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As francanas Letícia e Sandra Pizzo, mãe e filha, caminham pela orla de Rifaina na manhã de sábado: ‘Ficou maravilhoso, perfeito, lindo’, diz Letícia
As francanas Letícia e Sandra Pizzo, mãe e filha, caminham pela orla de Rifaina na manhã de sábado: ‘Ficou maravilhoso, perfeito, lindo’, diz Letícia

Após sete anos, a última etapa de revitalização do principal atrativo de Rifaina foi entregue na noite de sábado. A praia, antes restrita a uma pequena porção de areia com cerca de 500 metros, agora é uma orla com quase dois quilômetros que podem ser percorridos a pé de uma ponta à outra, seja pela areia, seja pelo calçadão, e conta com toda a infra-estrutura necessária para banhistas. O projeto, iniciado em 2005 pelo prefeito Hugo César Lourenço, foi todo custeado com recursos próprios da Prefeitura com o objetivo de fortalecer o maior potencial da cidade: o turismo.

“A Prefeitura [administrações anteriores] nunca se preocupou em revitalizar e oferecer algo que pudesse atrair mais visitantes e girar a economia de Rifaina através do turismo. Ao tomar posse, assumi o compromisso de tornar a praia um grande atrativo. Hoje [sábado] estamos entregando a última etapa deste projeto, com a certeza do dever cumprido”, disse Lourenço.

A represa, que deu origem à praia de Rifaina há mais de 40 anos, foi formada com a construção da Hidrelétrica Jaguara, em uma curva do rio Grande, na divisa com Sacramento (MG). O reservatório de 33 km quadrados de extensão tornou a região de Rifaina atrativa a investimentos turísticos. Cerca de 200 ranchos surgiram às margens da represa.

De olho neste potencial turístico, em 2005, Lourenço deu início à revitalização da praia. Após entregar o calçadão em 2008 e a praça Claricinda Costa Novo, em 2010, sábado a obra foi dada por encerrada, com a entrega da terceira etapa, que garantiu a ligação entre as duas pontas da praia - cerca de 2 mil caminhões com areia branca foram utilizados para aterrar toda a orla. Segundo o prefeito, cerca de R$ 2,5 milhões foram gastos nos sete anos de obras.

A orla completa conta com praia artificial e calçadão de quase dois quilômetros, quiosques, áreas gramadas e arborizadas, quadras poliesportivas, praça, estacionamento, teatro de arena, lanchonetes, banheiros, e rampas para embarcações náuticas. Seis fiscais evitam que banhistas invadam área restritas às embarcações e sete salva-vidas trabalham para evitar acidentes na água.

O maior reflexo da melhora da orla foi sentido pelo setor imobiliário, diz Lourenço. “Dados da Prefeitura apontam que os imóveis da cidade se valorizaram mais de 200% nos últimos oito anos.”

ELOGIOS
“Isto daqui ficou maravilhoso, perfeito, lindo”, disse a auxiliar administrativa Letícia Pizzo, 23, que, acompanhada da mãe, revisora de qualidade Sandra Pizzo, 45, curtia a praia no sábado. “O turista só precisa respeitar. A praia não é só para Rifaina. É um patrimônio de todos”, lembrou Sandra, que mora em Franca.

Teodomiro Ramos, 76 anos, pedreiro que chegou a Rifaina em 1969 para ajudar na construção da “nova” Rifaina - a “velha” ficou submersa após a criação da represa -, lembrou como era a praia no início. “Um lugar perigoso, com muito buraco. Duas crianças, que eram irmãos, morreram ao cair em um dos poços que havia na beira da praia. Era um horror, mas tinha quem gostava e se arriscava. Hoje, não. Tudo ficou lindo e nós temos uma das melhores praias do Brasil.”

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