A galinha-d’angola costuma chamar a atenção das crianças por sua forma bem diferente das galinhas mais comuns. Elas têm penas pretas com bolinhas brancas. A crista e um ponto abaixo do bico são vermelhos. O bico é amarelinho. Ela recebe ou-tros nomes, de acordo com a região do país onde se encontra: guiné, galinha-do-mato, capote, capota, sakué, pintada, koká, angolista, fraca e outros. Este nome, “fraca”, é devido ao som de sua voz, que é mais ou menos assim: “tô fraco! tô fraco! tô fraco!” Quando usamos o nome do som para reproduzi-lo lançamos mão de uma figura de linguagem chamada onomatopeia. As vozes dos animais são onomatopaicas: auaua para cachorro, miau para gato, mééé para cabra, cricri para grilo, muuuu para vaca. E assim por diante.
A galinha-d’angola é originária da África e foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses que a trouxeram da África ocidental, no triste período da escravidão negra.
Estas aves ficam nervosas facilmente. São extremamente agitadas, muitas vezes chegam ao stress e agridem outras. Mas não suportam ficar sozinhas, estão sempre em companhia de outras: vivem em bandos, locomovem-se em grupos e precisam do bando para se reproduzir, pois só assim sentem estímulo para o acasalamento. E, como grupo, são organizadas. Cada grupo tem seu líder, o que é fácil de constatar no momento em que se alimentam: o líder vigia enquanto seus companheiros comem e, só depois de verificar que está tudo em ordem, é que começa a comer.
As angolas são aves rústicas e fáceis de criar, a não ser num ponto: deixadas soltas, escondem os ninhos, chegando ao requinte de botar os ovos em camadas e depois separar umas de outras por palha ou outro material disponível.
As galinhas-d'angola não são boas mães. Elas raramente entram no choco. Fazem posturas conjuntas, com ninhadas de até quarenta ovos dispostos em camadas. Desta forma, somente os ovos de cima recebem o calor da ave e eclodem. São inquietas e arrastam os filhotes para zonas úmidas, podendo comprometer a sobrevivência deles. Em criações em cativeiro, os ovos são recolhidos e colocados em incubadoras. Também é comum nas fazendas fazer uma galinha comum chocar os ovos da galinha- d’angola.
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