Veja o perfil de Alexandre Ferreira, o novo prefeito eleito de Franca


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O homem de Sidnei
Alexandre Augusto Ferreira tem 44 anos. Completa 45 - número da legenda do seu partido - no dia 28 de novembro, mesma data em que se comemora o aniversário de Franca. Apesar disso é descrente da numerologia. O candidato que concorre hoje às eleições municipais é católico desde criança. Foi batizado e se casou na igreja com a advogada Cynthia Dias Milhim Ferreira, com quem tem dois filhos, Pedro, de quatro anos, e Augusto, de um ano e sete meses.

Primeiro filho do casal Gualter Hughes Ferreira, médico gastroenterologista, e Maria Helena Ferreira, bioquímica e farmacêutica, nasceu em Ribeirão Preto, no hospital São Francisco, onde o pai trabalhava. Alexandre é o irmão mais velho, tem mais duas irmãs e chegou a Franca ainda bebê. Morou com a família nos bairros da Estação, Centro e São José.

O candidato conta que a infância foi de brincadeiras na rua, jogando bola - esporte que ele nunca abandonou e que ainda hoje tem como hobby - e andando em carrinhos de rolimã. Foi aluno no pré-primário de Leila Haddad, hoje secretária de educação na rede pública. Ainda no pré-primário mudou de escola e foi para o Pestalozzi, de onde só saiu no terceiro colegial, para cursar Veterinária em Alfenas.

Prestou vestibular também pra Medicina, passou em Santos e em Marília, mas optou pela veterinária. No segundo ano do curso teve contato, pela primeira vez, com epidemiologia, matéria que estuda os fenômenos de saúde e doença. Decidiu ali que se especializaria em saúde pública. Após a graduação, fez mestrado e pós-graduação na área.

Alexandre se formou em 1991 e no ano seguinte passou em um concurso para médico veterinário na Prefeitura de Franca. Foi seu primeiro emprego. Fazia visitas casa a casa e percorria córregos para extinguir pernilongos e outros insetos. Foi também diretor da Vigilância Sanitária e ajudou a criar o departamento em várias cidades da região. Foi convidado a assumir a secretária de Saúde em 2006 e, posteriormente, a de Desenvolvimento.

Junto com o trabalho na Prefeitura foi docente na Unifran (Universidade de Franca), nos cursos de Nutrição, Medicina Veterinária, Gastronomia e, por último, de Medicina, de onde se afastou para se dedicar à campanha municipal. O desejo pela vida pública surgiu no ano passado. No início de 2011, a pedido de Sidnei Rocha, se filiou ao PP (Partido Progressista). No mesmo ano, passou a integrar o PSDB. Venceu as prévias do partido para ser candidato à Prefeitura e concorre em 2012 ao seu primeiro cargo eletivo.

A mulher da oposição
Graciela de Lourdes David Ambrósio nasceu na cidade de Pedregulho no ano de 1964. Décima filha do casal Anis David - morto há dois anos - e Lourdes de Souza David, cresceu ao lado de doze irmãos.

Os pais, comerciantes donos de um mini mercado, proporcionaram aos filhos uma infância simples, mas sem miséria. As crianças tinham o básico, mas aprenderam desde cedo que se quisessem conquistar além disso, teriam que trabalhar. O primeiro emprego de Graciela foi aos 12 anos, em uma pequena livraria aberta pela irmã, Célia David, em Pedregulho.

Foi essa mesma irmã que recebeu Graciela em sua casa em Franca, na Vila Santa Cruz, três anos depois. Célia, hoje professora aposentada e vice-reitora da Unesp (Universidade Júlio de Mesquita), lecionava e morava na cidade. Era a oportunidade que Graciela esperava. Em Franca, foi secretária de consultório odontológico e em empresa de exportação até ser aprovada no concurso para escrivã de polícia em 1985, mesmo ano em que se formou em Direito pela Faculdade Municipal de Franca. Assumiu em 1986 e trabalhou em cidades como Itirapuã, Patrocínio Paulista, Jeriquara e Franca.

Sempre estudou em escolas públicas. Dedicada aos livros, fez pós-graduação em Processo Penal e preparou-se em casa para o concurso da Delegada da Polícia Civil. Na primeira tentativa foi aprovada e, aos 24 anos, foi a mais jovem da turma de 1988. Assumiu a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Barretos, onde trabalhou por quatro anos, até ser transferida para a unidade de Franca.

Graciela nasceu em berço católico, foi batizada, fez primeira comunhão, crisma e se casou sob os olhos da igreja católica. Apesar disso, hoje se define apenas como cristã.

Casou-se em 1993 com Paulo Roberto Ambrósio, também integrante da Polícia Civil - é investigador no 1º Distrito Policial, no Centro de Franca. Juntos tiveram dois filhos. Urias, hoje com 16 anos, e Pedro, de seis anos.

Em 1999, filiou-se ao PDT (Partido Democrático Trabalhista) e na disputa do ano seguinte elegeu-se pela primeira vez como vereadora. Foi reeleita pelo mesmo partido em 2004. Em 2007 foi para o PP (Partido Progressista) e em 2008 conquistou mais um mandato. Dois anos depois, Graciela se candidatou a deputada federal mas, apesar dos mais de 62 mil votos não conseguiu o cargo.

O desejo de se tornar prefeita, segundo ela, foi fruto dos anseios e angustias de quem a procurava em busca de ajuda na Polícia Civil. Apesar de já ter sido vereadora e ter concorrido à Câmara dos Deputados, é a primeira vez que tenta a Prefeitura.
 

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