Todos os dias quando vai trabalhar, o técnico agropecuário da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais), Juliano Diogo Pereira, passa em frente à Prefeitura Municipal de Claraval. Apesar do contato diário, não imaginava que um dia entraria pela porta principal como chefe do Executivo. Disputar a cadeira de prefeito parecia um sonho distante até pouco tempo. Mas essa história começou a mudar há um ano, quando se filiou ao PSD. A convite do partido, resolveu entrar na disputa. Aos 31 anos, foi eleito prefeito ao receber 56,66% dos votos válidos.

Passado quase um mês das eleições, o novo prefeito afirma que “a ficha ainda não caiu”. “Até pouco tempo não conseguia me imaginar como prefeito de Claraval. Até porque concorri com o atual prefeito (Juscelino Borges, do PSDB), que já tem bagagem de três administrações. Nunca tinha me candidatado nem a vereador. Felizmente fui eleito e sou um dos quatro prefeitos mais jovens do Estado de Minas Gerais.”

Juscelino diz que o interesse pela política surgiu por trabalhar com políticas públicas na área de agricultura. “Além do convite do partido, a população (da cidade) e os moradores da zona rural também me pediam para disputar a Prefeitura.” Por trabalhar como técnico agropecuário, Juliano Diogo tem contato direto com os agricultores do município e, por isso, acredita que a maior parte dos votos recebidos esteve concentrada na zona rural.

Apesar de continuar passando na porta da Prefeitura para trabalhar enquanto janeiro não chega, Juliano ainda não teve um contato direto com o atual prefeito. “Estamos montando a equipe de transição e esse encontro será necessário. Precisamos disso para saber como está a Prefeitura. Atualmente, temos apenas uma noção parcial de como está a situação.”

NOMES
Enquanto o processo de transição não começa, Juliano estuda os nomes que assumirão as secretarias e departamentos assim que tomar posse. A lista ainda não foi formada, mas ele já tem ciência que não conseguirá montar uma equipe somente com nomes em Claraval. “Devido a cidade ser muito pequena, não temos muitos profissionais capacitados. Acredito que teremos que buscar algumas pessoas em Franca, Ibiraci e Cássia. Mas ainda não é nada certo”, disse ele. O mesmo, o jovem prefeito diz sobre criação ou extinção de secretarias. A decisão somente será tomada após o trabalho de transição ser concluído.