‘Hadouken’: veja as curiosidades sobre a série de luta 'Street Fighter'


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Vídeo game. Como este produto consegue ser tão mágico e, ao mesmo tempo, despertar os mais variados tipos de sentimentos nas pessoas? Enquanto alguns acham uma completa perda de tempo e dinheiro, milhares conseguem passar horas a fio com o controle na mão, completamente imersos no mundo digital, completando suas missões e passando raiva quando não conseguem mais avançar.

Quando os consoles começaram a se estabelecer com mais força aqui no Brasil, no final da década de 80 do século passado, eles eram alvo de apenas uma pequena parcela da população, formada, em sua essência, por geeks e crianças. Porém, esse cenário mudou. Atualmente a grande maioria das crianças, uma boa parte dos jovens e alguns adultos são verdadeiros seguidores da cultura gamer. Eles acompanham as novidades em sites especializados, participam de fóruns e, claro, travam verdadeiras batalhas pela internet. O resultado disso tudo está no próprio faturamento desta indústria. Apenas para se ter uma ideia, 24 horas após seu lançamento oficial, 3,2 milhões de DVDs e Blue-Rays do filme Avatar foram vendidos ao redor do mundo. Já o jogo Call of Duty: Black Ops, vendeu 5,6 milhões de unidades no dia de seu lançamento, isso contando apenas as unidades comercializadas nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Sabendo disso, milhares e milhares de novos games são lançados anualmente. Muitos caem rapidamente no esquecimento. Outros conseguem chegar nas graças da galera. Mas são raros aqueles que ocupam a seleta área dos clássicos. E é justamente para celebrar o aniversário de uma das séries mais icônicas do mundo dos games que este Se Liga foi criado. Afinal de contas, são raras as séries que conseguem chegar aos 25 anos de existência mantendo todo o fôlego do começo.

PRIMEIROS GOLPES
Foi lançado, no dia 30 de agosto de 1987, o primeiro fliperama de Street Fighter, criado por Takashi Nishiyama e Hiroshi Matsumoto. No primeiro episódio era possível controlar apenas um personagem, que deveria enfrentar todos os outros ao longo das fases. Esse personagem era Ryu, para quem não adivinhou. Quando duas pessoas queriam jogar, um segundo lutador era liberado, Ken.
25 anos depois, mais quatro séries principais foram desenvolvidas, dezenas de títulos secundários foram lançados e filmes foram produzidos, tudo isso baseado naquele fliperama. 33 milhões de jogos da série já foram vendidos e 500 mil unidades de fliperama foram comercializados. E esses números devem aumentar, já que esta série é uma das principais atrações da Capcom.

PARA A HISTÓRIA
Apesar de inovador, o primeiro capítulo da saga não virou uma febre. Então, coube ao Street Fighter 2, lançado em 1991, a missão de espalhar pelo mundo lutas frenéticas, muitos “hadoukens” e outros golpes mirabolantes.

Personagens marcantes da série surgiram aqui, como Blanka, Zangief, Honda e Chun-Li, por exemplo. Assim, este foi o primeiro game de luta a permitir que os jogadores escolhessem uma boa variedade de lutadores, cada um com estilos e poderes diferentes. No total são oito jogáveis, além dos chefões que não podiam ser controlados.

Tendo como base este jogo foi que os outros capítulos desta saga se desenvolveram. O último grande lançamento foi Street Fighter 4 (2008), que aproveitou todo o potencial gráfico da atual geração de consoles para dar uma nova cara aos lutadores e aos combates.

Com tanto sucesso assim, claro que a indústria do cinema tentaria pegar uma carona. Porém, os resultados não foram satisfatórios. Existem seis filmes que se baseiam no game, sendo que o mais famoso deles foi lançado em 1994 e teve a participação de Jean-Claude Van Damme, Raul Julia e Kylie Minogue. Apesar desta lista Street Fighter: A Batalha Final foi considerado um fiasco pela crítica.

‘MADE IN BRAZIL’
Acontece nas melhores famílias. Muitas pessoas jogam, mas poucas sabem a história que serve de enredo para estes games. O primeiro Street Fighter tem como vilão o Sagat, que se auto proclama o rei do Muay Thai. Para provar seu valor ele cria um torneio, que reúne os melhores lutadores do mundo. No final do game, Sagat enfia a porrada em Ryu. Quando o chefe dá a luta por encerrada e estende a mão para ajudar Ryu a se levantar, o “mocinho”, consumido por energias sobrenaturais, acerta um Shoryuken no oponente, rasgando todo seu peito, criando assim sua famosa e gigantesca cicatriz. Meio malandro esse tal de Ryu, não?

Depois disso a história não sofreu alterações, mudando apenas os chefões que organizavam o torneio. O mais famoso deles é o megalomaníaco Bison, líder de uma organização militar conhecida como Shadaloo. Ele busca nada menos que controlar todo o mundo e estudar novas formas de aumentar seus poderes psíquicos.

Outro vilão que merece destaque é demoníaco Akuma, que, graças a ganancia de se transformar no maior lutador do mundo, estuda técnicas sombrias de luta, o que lhe garante grandes poderes, mas o transforma em uma pessoa sem coração nem piedade. Não é oficial, mas pela construção da história, a Capcom dá a entender que ele é o pai de Ryu.

Agora uma curiosidade. Em toda a série, três lutadores brasileiros tentam vencer o torneio. Oro, um hermião que vive em uma caverna da floresta amazônica; Sean, um admirador de Ken e o mais famoso deles, Blanka, que graças a experimentos biológicos, se transformou em uma espécie de monstro.
 

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