Gambá


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Os gambás são animais que medem de quarenta a cinquenta centímetros de comprimento, sem contar a cauda, que chega a quarenta centímetros. Têm um corpo parecido com o rato, incluindo a cabeça alongada. A cauda tem a capacidade de enrolar-se a ramos de árvores. As patas são curtas e têm cinco dedos em cada mão, com garras. Mas o hálux (primeiro dedo das patas traseiras), em vez de garra, possui unha. Têm marsúpio, uma bolsa que fica na barriga e acolhe os filhotes. Da palavra marsúpio vem o nome da família de animais que têm esta caracteristica: marsupiais. Foram os índios, observando os filhotes dentro dessa bolsa, que deram aos bichos o nome de gambás. Na língua tupi “gambá’ significa “seio oco”.

Os gambás podem reproduzir-se três vezes durante o ano, dando de dez a vinte filhotes em cada gestação, que dura de doze a catorze dias. Como nos restantes marsupiais, ao invés de nascerem filhotes, nascem embriões com cerca de um centímetro de comprimento, que se dirigem para o marsúpio, onde ocorre uma soldadura temporária da boca do embrião com a extremidade do mamilo. Os filhotes permanecem no marsúpio até quatro meses e, quando crescem mas não são ainda capazes de viver sozinhos, são transportados pela mãe em seu dorso.

Os gambás não vivem em grupos, mas, na época da reprodução, eles formam casais e constroem ninhos com folhas e galhos secos em buracos de árvores.

Seus hábitos são noturnos. Por isso, quando começa escurecer, o gambá sai de seu abrigo para caçar e coletar alimentos. Sendo um animal onívoro, se alimenta praticamente de tudo: raízes, frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos (caranguejos encontrados em zonas de manguezais), anfíbios, serpentes, lagartos e aves.

Os gambás se mostram com movimentos lentos. Exibem pouca agilidade, exceto para trepar em árvores, utilizando a cauda preensil.

Os gambás produzem um líquido fedido através das glândulas axilares. Esse líquido é utilizado pelo animal como defesa. Outra estratégia para escapar dos perigos é o comportamento de fingir-se de morto até que o atacante desista.

Alguns gambás são imunes ao veneno de serpentes, incluindo as jararacas, cascavéis e corais, podendo atacá-las pela cabeça e ingeri-las. Por isso vêm sendo estudados por biólogos e cientistas.

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