Insegurança e medo imperam ao redor do Pronto Socorro ‘Janjão’


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Rua mal iluminada deixa com medo quem frequenta o Pronto-socorro Infantil. Funcionários afirmaram que é comum suspeitos vagarem pelo local pedindo dinheiro e intimidando a todos durante a noite
Rua mal iluminada deixa com medo quem frequenta o Pronto-socorro Infantil. Funcionários afirmaram que é comum suspeitos vagarem pelo local pedindo dinheiro e intimidando a todos durante a noite

A insegurança tomou conta dos funcionários do Pronto-socorro Infantil, no antigo “Dr. Janjão”. Desde a inauguração do novo PS “Dr. Álvaro Azzuz”, os guardas municipais que protegiam a antiga unidade foram remanejados, e pedintes e pessoas suspeitas levam medo a quem trabalha no hospital infantil. Os comerciantes vizinhos também reclamam (leia texto nesta página). Prova desta situação que preocupa os profissionais da unidade é o furto do carro de uma técnica de enfermagem, que foi levado de dentro do estacionamento do PS, no último sábado.

A técnica de enfermagem, OS, 46, que teve seu Gol furtado, afirma que o ambiente é de insegurança e medo. Segunda ela, ladrões entraram no estacionamento e também levaram a moto de um colega de trabalho, capacete e até uma bolsa. “Antes, como tinha guarda municipal, era mais tranquilo, agora que o atendimento dos adultos passou para o novo pronto-socorro, o Infantil ficou abandonado. A Prefeitura fala que não precisa guarda ali.”

Uma funcionária nova do PSI, que não quis se identificar, afirma que ali todos trabalham com medo no plantão da madrugada. Para ela, o atendimento não diminuiu suficientemente para justificar a retirada da guarda. A funcionária sugere que um guarda fique na unidade pelo menos da meia-noite às 6 da manhã. “Teve um dia que um rapaz drogado entrou aqui à noite e se recusava a sair. Por causa do medo, chamei meu filho de 19 anos para me acalmar e ele passou a noite aqui comigo. É difícil trabalharmos assim, às vezes acontece de pais se exaltarem e descontarem na gente, mas só a presença de um guarda já impõe respeito.”

Uma enfermeira, que também só aceitou dar entrevista sem revelar seu nome, disse que o quadro de insegurança não pode continuar no PSI. “Trabalhamos só entre mulheres aqui e é muito difícil esta situação. Não podemos continuar sem a proteção da guarda municipal ou seja lá do que for, por mim pode ser qualquer coisa, até seguranças contratados por fora, mas assim como está não dá.”

O funcionário WBO disse que até abaixo-assinado foi feito para reivindicar mais segurança junto à administração municipal, mas nada foi feito. “Pedintes intimidam mães aqui à noite e, se deixar o carro de bobeira, eles levam mesmo, aqui está muito perigoso”, afirmou.

Segundo o secretário municipal de Segurança e Cidadania, Sérgio Buranelli, vários guardas estão atualmente de férias ou afastados por motivos de saúde e por isso não há, em alguns horários, efetivo no Pronto-socorro Infantil. “Estamos avaliando o retorno destes guardas afastados para vermos o que vamos fazer. Mas a qualquer momento que houver algum problema no Pronto-socorro Infantil, a pessoa pode ligar no 153, que rapidamente já encosta a viatura de plantão da Guarda Municipal”, disse Buranelli.

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