Olímpia, onde foram criados os jogos olímpicos, não era bem uma cidade. Era um aglomerado de templos, edifícios, bosques, espaços sagrados. Neste lugar de aspecto religioso ficava o celebradíssimo santuário de Olimpo. Por isso o lugar se chamava Olímpia. Mas... quem era Olimpo? Era e continua sendo um monte muito alto, no meio de uma série de outros situados na Grécia, perto do mar Egeu, entre a Macedônia e a Tessália. Mas não perto de Olímpia, como se costuma erroneamente dizer. Em Olímpia havia templos que homenageavam os deuses que moravam no Olimpo.

Ora, desde tempos antiquíssimos, lugares altos eram considerados “morada dos deuses”. Como o Monte Olimpo tinha um cume tão alto que parecia encostar no céu, os gregos acreditavam que ali moravam doze deuses maiores e outras pequenas divindades. Nem todos os deuses porém moravam no cume. Alguns habitavam outros espaços. Zeus, por exemplo, um dos deuses celebrados em Olímpia, morava mais além, no céu. Seu irmão Poseidon, no mar. Outro irmão, Hades, nas regiões sombrias.

Os deuses que viviam no Olimpo eram parecidos com os humanos. Gostavam de boas comidas, como mel e ambrosia. Mas eram imortais. Suas qualidades eram muitas e intensas, Tanto as positivas como as negativas. Eles costumavam interferir na vida dos humanos e tomavam partido nas disputas entre eles.

Como já falamos por aqui, esses deuses eram mitos. E mitos não existem na realidade, apenas na mente das pessoas. Elas não conseguiam explicar muitos fenômenos da natureza e buscavam nos deuses uma resposta ao que não sabiam. Mas havia muita beleza nesta inventação dos gregos. Essas histórias, com algumas variações, continuam sendo contadas até hoje nos livros, no cinema, no teatro, na televisão...