Outras empresas, com herdeiros ainda mais jovens, funcionam com um mix de gerações no comando. Romper com o plano de vida que traçou aos 17 anos não parece fazer parte nem dos pesadelos da jovem Paula Gomes, 24, coordenadora comercial da Impec, fabricante de palmilhas e calçados em Franca.

Aos 15 anos ela saiu da zona de conforto e partiu em intercâmbio para o exterior por sugestão do pai, Orlando Gomes, dono da empresa. De volta ao Brasil, logo foi para linha de frente da Impec, e a sucessão - embora ela afirme com veemência que não haja predileção entre os quatro irmãos - parece ser apenas uma questão de tempo.

Paula conta que a primeira e a segunda gerações trabalham juntas e em sintonia. “Meu pai é o diretor e os quatro filhos trabalham dentro da fábrica e se preparam sim para uma futura sucessão. Hoje cada um exerce uma função bem distinta nos setores administrativo, de vendas, de marketing, de televendas e de representação comercial.”

Quanto a ela, planos a curto e a longo prazos estão traçados e engatilhados. “Na fábrica pretendemos ampliar em 30% o meu setor este ano. Em um prazo maior, pretendo abrir um escritório em São Paulo e ampliar ainda mais as atividades da empresa.”

Mas a convicção e segurança não “congelaram” a percepção da jovem profissional, que conta que ao menos uma coisa a surpreendeu no mundo empresarial: “ Não imaginava o tamanho da responsabilidade que envolve empregar pessoas, manter os colaboradores”. No caso da Impec, isso significa falar de 200 funcionários, entre diretos e indiretos.

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