Diretor da Empresa São José é libertado e se isola em Vinhedo


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LIVRE - Belarmino Marta Júnior em entrega de ônibus da São José em Franca: diretor da empresa deixou a prisão ontem
LIVRE - Belarmino Marta Júnior em entrega de ônibus da São José em Franca: diretor da empresa deixou a prisão ontem

Está isolado em uma propriedade da família em Vinhedo (SP) o diretor da Empresa São José, responsável pelo transporte público de Franca, Belarmino Marta Júnior. No início da madrugada de ontem, ele foi libertado depois de passar cinco dias presos no 2º Distrito Policial de Campinas. Belarmino é acusado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de fazer parte de um esquema de formação de cartel para fraudes em licitações e crime contra a economia no transporte de ônibus por fretamento naquela região.

A liberdade veio depois que o prazo de prisão temporária venceu. Como Belarmino aceitou depor e respondeu a todas as perguntas feitas pelos promotores de Justiça durante seu interrogatório na terça-feira, sua prisão não foi prorrogada. O advogado do diretor da São José, Ralph Tórtima Filho, disse que o empresário saiu da prisão no começo da madrugada de ontem e foi direto para a casa da família, em Vinhedo. “Ele está muito abalado com tudo o que aconteceu, ainda tentando superar a angústia da prisão. Não quer conversar com ninguém. Apenas ficar com seus familiares em casa sossegado. Nem eu mesmo vou encontrá-lo”, disse.

O advogado afirmou ainda que seu cliente é inocente e desconhece qualquer esquema de fraude. “O que está acontecendo é um absurdo. Não há qualquer prova concreta contra o meu cliente. Apenas uma ligação interceptada em que ele avisa que vai entrar numa licitação para não ganhar”, disse, sem dar detalhes.

Ralph Filho disse que considerou a ação do Gaeco na prisão de seu cliente extremamente arbitrária. “Não havia a menor necessidade de todo aquele aparato. Estamos estudando se adotaremos alguma medida em relação a isso.”

Ontem os promotores continuaram com a rotina de depoimentos. Ao todo, até agora, 16 pessoas já foram ouvidas e não há prazo para a conclusão das investigações. “O próximo passo agora é aguardar a perícia dos documentos e computadores apreendidos na operação da última sexta-feira para, então, concluirmos o inquérito e encaminharmos o caso à Justiça”, disse Adriano Andrade de Souza, um dos promotores que compõem o Gaeco.

Sobre a Empresa São José e a possibilidade de o grupo acusado ter atuação na licitação de Franca, o promotor de Justiça disse que não há qualquer dado a respeito. “O nome dessa empresa e da cidade, até o momento, não apareceram nas investigações. O esquema, ao que tudo indica, se restringia à região de Campinas.”
 

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