Garça


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Falar de garça, assim no singular, é uma graça. Ou melhor, até meio estranho. Sabe por quê? Porque a garça quase nunca é vista sozinha, está sempre com outras garças. As garças vivem em bandos. É muito bonito ver um bando de garças. Elas são branqui-nhas, muito elegantes, passam uma impressão de leveza.

Garças gostam de estar em lugares bem próximos de água. Em Rifaina, o balneário que fica perto de Franca, elas são avistadas ao amanhecer e ao anoitecer, nas margens da represa do Rio Grande. Formam um belo espetáculo. É nas águas que as garças encontram os alimentos de que mais gostam: peixes. Mas na falta de peixes, elas se alimentam de insetos, lagartixas, lagartos e até... sapos. Pois é. Quando escasseiam os peixes, as garças têm de engolir sapos.

E se não encontrarem peixes, sapos, insetos, lagartos? Aí elas se aventuram um pouco além das águas e vão catar bichinhos que vivem no pêlo dos animais. Num reba-nho, por exemplo, quando estão reunidos muitos animais, vacas e cavalos, elas fazem a festa, se banqueteiam. E ajudam a limpar o pêlo dos bichos. Na natureza é assim. O maior come o menor. A garça come o sapo que come os insetos, por exemplo. Mas pode ser comida pelos animais ferozes como as onças e lobos.

As garças são migratórias. Elas se deslocam de um lugar para outro. Como os golfi-nhos, as baleias, as andorinhas, os pombos-correios... Só que as garças não saem para lugares muito distantes, ficam por perto, mais ou menos numa só região.

Quando elas estão no período reprodutivo, ou seja, chocando seus ovos, fomam-se no seu peito umas penugens muito brancas e muito leves que são chamadas “egretas”. Estas penas ou penugens eram muito cobiçadas pelo homem, que perseguia as garças para arrancar essas egretas e com elas fazer travesseiros e almofadas. Com isso, elas estavam correndo riscos. Uma lei ambiental proibiu que os homens continuassem fazendo isso. Agora as garças podem chocar seus ovos com tranquilidade, sem se sentirem ameaçadas pela presença humana. E assim nós podemos continuar assistindo ao belíssimo espetáculo que é o vôo de um bando de garças.

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