Velhas árvores


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Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores mais novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas
Vencedoras da idade e das procelas.

O homem, a fera, o inseto, à sombra delas
Vivem livres de fome e fadigas
E em seus galhos abrigam-se cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigos, a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem.


Neste poema Olavo Bilac (1865- 1918 ) faz o elogio de velhas árvores, comparando-as com as pessoas que já viveram bastante. Tanto as árvores quanto as pessoas podem se tornar belas por causa das experiências acumuladas ao longo de suas vidas.
É um bonito poema, escrito com palavras simples. Só existe uma que é pouco usada por nós no dia-a-dia: procela. Significa tempestade.

Leia em voz alta para sentir a sonoridade!

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