Dona de casa bebia combustível, perfume e acetona


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A dona de casa SA, de 41 anos, teve o primeiro contato com o álcool ainda menina. Tinha 7 anos quando experimentou o resto de pinga deixado no copo pelo pai, que era alcoólatra. Mãe de três filhos, recorda que estava bêbada até mesmo na hora dos partos. Chegou um ponto em que a pinga não a satisfazia mais e SA passou a beber álcool combustível com café, perfume e acetona pura. Tenta se livrar do vício. Está em tratamento na Amafem há cinco meses.
 
Comércio da Franca - Como começou a dependência?
SA -
Comecei experimentando quando era criança, com 7 anos. Meu pai era alcoólatra. Via ele bebendo e pensava que era gostoso. Fui experimentando os restinhos de pinga que ele largava no copo e gostei. Quando estava na adolescência, já bebia muito e gostava mais a cada dia. Já passei quatro vezes pelo hospital psiquiátrico, mas não adiantou. Vai para cinco meses que estou sóbria.
 

Comércio - A senhora sempre bebeu pinga?
SA -
Tudo quanto é tipo de bebida que você pensar já tomei. Tudo que ia álcool eu bebia. Vodka, pinga. Por fim estava bebendo acetona, álcool combustível, perfume, porque não me dominava mais. Tudo que tinha cheiro de álcool, bebia. Quanto mais forte para mim, melhor, porque a pinga não fazia mais efeito para mim. Virava acetona no bico. Até no dia de ganhar nenê eu bebia, ia para o hospital tonta. Tive overdose duas vezes do álcool.
 

Comércio - Como foi?
SA -
Foi péssimo. Lembro que estava assistindo novela e, quando acordei, meu filho estava fazendo massagem no meu coração. Diz que fiquei com a boca roxa, que entortei a boca, mas não lembro de nada, foi como um delírio.
 

Comércio - O que a senhora deseja quando terminar o tratamento?
SA -
A primeira coisa é pedir perdão para meus filhos e procurar um serviço para ocupar a mente.

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