O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais vai se reunir hoje para julgar a ação cautelar que mantém o prefeito de Ibiraci (MG), Ismael Silva Cândido (PT), no cargo. Há três meses, o petista foi cassado em primeira instância pela acusação de compra de votos. Ele recursou e obteve liminar favorável. Na hipótese de a medida ser derrubada, ele terá de deixar a Prefeitura até o julgamento do mérito do processo.
Ismael e o vice-prefeito, Altemir Tanja Cintra (DEM), foram cassados no dia 21 de fevereiro pelo juiz da comarca de Ibiraci, Fábio Gameiro Vivancos, por captação ilícita de sufrágio. Com a decisão, o presidente da Câmara Municipal, Francisco Norinho Filho (PR), assumiu.
A defesa de Ismael recorreu ao TRE-MG e conseguiu uma liminar para ele retornar ao cargo três dias depois. Para marcar a volta, o prefeito chegou de helicóptero e foi recebido por uma bateria de fogos. Nesta quinta-feira, os seis juízes do tribunal vão analisar se a liminar deve ser mantida ou não. “Vamos fazer a sustentação oral no plenário e mostrar que a saída dele é descabida. As provas apresentadas pela outra parte são muito frágeis e conduzem para a inocência do prefeito e do vice”, afirmou o advogado Denílson Carvalho.
Ismael Cândido voltou a dizer que não cometeu irregularidades durante a campanha eleitoral e que as acusações teriam sido arquitetadas pela oposição para prejudicá-lo. “Não fizemos nada de errado e administramos Ibiraci de forma exemplar. Governar bem e com lealdade incomoda muita gente. Acredito na manutenção da liminar e na vitória durante o julgamento do mérito”.
Autor da ação que culminou com a cassação do prefeito, Tonin Garcia (PMDB) também não acredita que a liminar possa ser derrubada no julgamento de hoje. Ele avalia que o adversário político ficará no cargo até o julgamento do mérito, mas prevê um desfecho definitivo diferente. “Para não tumultuar o município, a tendência é de que os juízes mantenham a liminar, pois o processo principal deve ser julgado em breve. Não estou esperando nada para amanhã (hoje) não”.
O processo está nas mãos do relator do TRE para as devidas manifestações. Depois, seguirá para o revisor e será encaminhado para julgamento. Uma decisão final deve ser dada no começo do segundo semestre.
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