Neste domingo o Senhor nos fala sobre a vocação que recebemos no dia do nosso batismo, que é ser santo. Quem são os santos? Santo significa que não tem nada a ver com o que é imperfeito, fraco, precário. Assim somente Deus é santo. Nós, homens e mulheres da terra, podemos, no entanto, ser elevados para ele e participarmos da sua santidade.
Santo é todo discípulo, quer esteja ele já com Cristo no céu, quer viva ainda na face da terra. Hoje é, pois, a festa da família cristã. É o dia em que os homens tomam consciência do dom que o Pai lhes concedeu. A santidade não é uma condição superior que possamos alcançar com nossos esforços ascéticos, não é fruto do nosso heroísmo, é um puro dom de Deus. Só ele pode nos fazer santos.
Por meio da primeira leitura somos convidados a não esquecer da condição santa à qual o Pai nos chamou. No mundo passamos por muitas dores, tribulações, e amarguras ao longo da nossa vida. Somos vítimas de violência, injustiças, traições, doenças, etc.
O livro do Apocalipse nos convida a enxugar o pranto. O mundo perverso passará e aqueles que mesmo nas tribulações foram fiéis, conservaram a fé, serão colocados em uma nova condição, santa. Quando buscamos Deus, não enxergamos as adversidades de cada dia como castigos ou destruições, mas, utilizamos tudo e aproveitamos estes momentos como amadurecimento e crescimento.
Na segunda leitura aprendemos que a vida de Deus que o cristão recebe no batismo é uma realidade espiritual, misteriosa. A vida divina é um dom de Deus. Nem sempre nossos sentidos conseguem detê-la, mas sabemos que Deus nos acompanha. O bonito é saber que Deus não aguarda o dia da nossa morte para dar-nos essa vida divina, ele nos oferece hoje. Entretanto essa nova realidade será manifestada somente depois que deixarmos este mundo.
Hoje supervalorizamos o que é passageiro e não cuidamos do que é a verdade, do que realmente importa. Após a nossa morte, diante de Cristo nossos olhos se abrirão, e então contemplaremos e compreenderemos o que Deus fez por nós.
O evangelho nos apresenta o primeiro discurso de Jesus pronunciado na montanha. As bem-aventuranças apresentam o ideal cristão através de atitudes fundamentais de quem se propõe a ser santo seguindo a Jesus. Pelas bem-aventuranças o caminho a ser percorrido parece mais fácil. O ponto de partida é confiar em Deus. A pessoa que confia em Deus não consegue viver só para si, torna-se necessariamente solidária, passando a enxergar os sofrimentos das pessoas que estão ao seu lado.
O homem, ao buscar as bem-aventuranças para a sua vida procura manter um relacionamento atencioso, generoso com os outros. Ele se torna acolhedor. A vida apoiada nas bem-aventuranças se reflete por meio de um coração íntegro, um coração que se afasta da mentira, que não faz pacto com a injustiça e nunca sente prazer pela vaidade, ao contrário, busca a humildade.
As bem-aventuranças vêm nos ensinar que é insensatez prender o coração aos bens deste mundo, como se tivessem de pertencer-nos de maneira definitiva.
Por isso que pensar na morte não é uma perda de tempo; é, sim, uma luz que nos ajuda a fazer escolhas justas e sensatas durante a vida.
FINADOS?
Celebrado no dia 2 de novembro, é o dia em que as pessoas cultuam os mortos. A Igreja Católica instituiu o dia no século 10º, com o objetivo de intensificar as orações pelos falecidos e de professar a fé no Deus da Vida, que em Jesus venceu a morte. Somente os católicos o celebravam. Aos poucos, pessoas de outras religiões também começaram a celebrar nesse dia os seus mortos.
CEMITÉRIO
Cemitério vem da língua grega e significa “dormitório”, ou ainda, “lugar onde estão os que dormem”.
MORTE
A morte, para os cristãos, é o fim da vida vivida neste mundo. Ela separa a alma do corpo: o corpo volta ao pó e mistura-se com a terra, enquanto que a alma vai para Deus.
CORPOS CREMADOS?
Todas as pessoas ressuscitarão quando chegar o final dos tempos, e cada uma colherá o que semeou enquanto viveu no mundo (cf. Jo 5, 28-29).
MORRE-SE APENAS UMA VEZ?
Todos morrem apenas uma vez! (cf. Hb. 9,27). Vivemos uma única vida, e uma única vez a perdemos para este mundo (mas não para a eternidade). O mesmo deu-se com Jesus (cf. Rm 6, 10). A morte é uma conseqüência do pecado (cf. Rm 6, 23) e, portanto, passou a existir desde o momento em que o homem e a mulher abandonaram a Deus.
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