“Os adolescentes devem se conscientizar e tomar muito cuidado: além do cerol cortar as próprias mãos, ele pode tirar a vida de alguém”. A frase de alerta do sargento do Corpo de Bombeiros Victor Manuel de Matos deve ser seguida à risca pelas crianças nestas férias e ser observada diariamente pelos pais. O cerol, fácil de ser preparado, é proibido em todo o Estado de São Paulo e quem for pego fabricando o “cortante” deve pagar uma multa de cerca de R$ 70. Segundo informações do 5º Batalhão Policial, ainda não há ocorrências de vítimas graves por conta das linhas de cerol em 2007. Mas em janeiro, uma promotora de vendas que pilotava uma Honda Biz na Avenida Flávio Rocha, na Vila Gosuen, não viu a linha que atravessada a rua e acabou cortando o pescoço. Por sorte, a linha não atingiu a veia arterial. Outro caso polêmico, ocorrido em 2006, foi o de uma estudante de 10 anos, que também teve um corte profundo no pescoço. A garota passou por cirurgias e teve graves lesões. Para evitar essas incidências e para alertar os pais, o sargento do Corpo de Bombeiros Victor Manuel de Matos lembra dos perigos que a pipa pode causar no trânsito e orienta para que fiquem atentos. “Os pais devem ficar de olho no que seus filhos estão brincando. Quem possui motocicleta ou bicicleta, que coloque uma barra de ferro na parte dianteira do veículo para se proteger das linhas cortantes”. Se você vir alguém preparando o cerol ou empinando pipa com o cortante, deve denunciar à Polícia Militar pelo telefone 190. O QUE É Para quem não sabe, o cerol é feito de vidro e cola e serve para facilitar o corte entre as linhas de outras pipas enquanto estão voando. Crianças pequenas aprendem a fazer o “artefato” na rua e, alheias à vigilância dos pais, mexem com materiais perigosos. “Você pega uma garrafa de vidro ou uma lâmpada fluorescente, quebra ela até ficar parecendo um pó. Coloca em um pote e põe cola. Depois é só misturar bem e ir passando na linha enquanto a pipa vai subindo. Fazer cerol é muito fácil”, explica o pequeno SRG, 12.