Morreu ontem, em decorrência de um aneurisma cerebral, o juiz titular da 3ª Vara Cível de Franca, Rafael Infante Faleiros. No dia 23 de maio, o juiz pediu afastamento de alguns dias para tratar uma úlcera. Não quis se utilizar de seu banco de horas-extras porque pretendia voltar ao trabalho rapidamente, conforme disse o chefe do Cartório da 3ª Vara Cível, Ricardo Augusto dos Santos Paula, "na segunda-feira, dia 4". Ontem, por volta de 20h50, sentiu-se mal em sua casa, no Jardim Consolação, e foi imediatamente levado ao Hospital Unimed, mas acabou morrendo antes de chegar.
O juiz Rafael Infante Faleiros tinha 41 anos, era francano de nascimento e iniciou sua carreira de magistrado em Ituverava. Assumiu a 3ª Vara Cível em Franca no ano de 1996. Exercitou também o Juizado do 1º e 2º Subdistritos de Cartórios de Óbitos e Nascimentos de Franca. Entre 2000 e 2004, foi Juiz da 291ª Zona Eleitoral do bairro da Estação, de Franca.
Foi professor de Iniciação ao Direito Penal e, depois, de Direito Processual Civil da Faculdade de Direito de Franca de 1993 a 2006. Afastou-se para dedicar mais tempo ao projeto da Academia Francana de Direito, escola de extensão universitária voltada à reciclagem, aprofundamento e especialização de advogados, que tinha fundado ao final de 2005. Um dos professores da escola, o advogado e articulista do Comércio da Franca, Acir de Matos Gomes se recorda que Rafael queria "dar à escola, a condição de elo de ligação entre a magistratura, a promotoria, os delegados e os advogados, reduzindo distâncias e aperfeiçoando a convivência dos profissionais do exercício jurídico".
Ainda segundo Ricardo Santos Paula, "Rafael foi um homem e um profissional de grande envergadura cultural, moral e ética. O rigor de sua honestidade e a rigidez que determinava ao funcionalismo do cartório quanto ao atendimento ao público, serviram de exemplos a instituições similares".
Em suas poucas horas de lazer, o juiz Rafael gostava de praticar trilha na Serra da Canastra e espairecer, à bordo de sua Sundown, em giros pela região. Esportista, era faixa azul em jiu-jitsu.
Foi casado com Ana Lúcia Figueiredo Faleiros e pai de Veridiana e Isadora. Seu corpo, sob cuidados da Funerária Tedesco, está sendo velado desde a madrugada, na Casa do Advogado, sede da 13ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Avenida Major Nicácio. O sepultamento se dará às 16h30 de hoje, no Cemitério da Saudade.
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