Golpista vendia livros na região, mas não pagava para editoras


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Cleverson Dias de Oliveira, 37, a mulher e dois filhos moravam em Franca. No ano passado, a família decidiu se mudar para São Sebastião do Paraíso (MG) em busca de novas conquistas. O francano começou a vender livros e o negócio ia de vento em popa. Pelo menos para ele. A polícia entrou no meio e estragou tudo. Cleverson acaba de ser preso por aplicar golpes em editoras. O prejuízo causado é superior a R$ 100 mil. Segundo informações apuradas pela Polícia Civil de Paraíso, Cleverson chegou à cidade em outubro e se fixou com a família em uma casa da Vila Formosa. Vendia livros e telefones móveis sem levantar suspeitas, mas cometeu um vacilo que foi decisivo para sua prisão. “Ele esteve em dois cartórios tentando autenticar documentos com nomes diferentes. Fomos informados e passamos a monitorar seus passos. Hoje (ontem) conseguimos detê-lo próximo a uma empresa de turismo. Levado para a delegacia, confessou que usava nomes e documentações falsos para aplicar golpes”, contou o delegado Marcos Roberto Piedade. A polícia obteve um mandado judicial e fez buscas na casa de Cleverson. Encontrou dois CPFs e um RG falsificados. O golpista se apresentava com três identidades diferentes. Em cada uma, constava um sobrenome: Dênis, Dias ou Diniz. Durante a vistoria, os policiais fizeram outras descobertas significativas. “Também encontramos milhares de livros, kits multimídia, aparelhos telefônicos e sacos contendo centenas de notas promissórias. Tivemos que usar sete veículos para fazer o transporte do material”. O golpista usava documentos frios para comprar os livros e nunca repassa o pagamento às editoras. Até o momento, três empresas vítimas já foram identificadas. Somado, o prejuízo ultrapassa R$ 100 mil. “O valor do golpe pode ser muito maior. Apuramos que ele alugou imóveis, comprou em lojas e abriu contas bancárias com os documentos falsos”. Uma das casas alugadas era usada apenas para receber as encomendas feitas às editoras. A dona do imóvel levou um calote de R$ 1 mil, referentes a três meses de aluguel e contas de água e energia que não foram pagas. A polícia acredita que a mulher de Cleverson, Maura Siqueira - que usava o nome de Maria Aparecida Silveira - também esteja envolvida nos golpes. Na madrugada de ontem, ela deixou a cidade às pressas com os filhos e desapareceu. Antes de se mudar para Paraíso, o casal abriu quatro firmas e contas fantasmas em pelo menos três bancos de Franca. Também comprou em lojas usando as identidades falsas. Cleverson está preso em São Sebastião do Paraíso e deverá ser transferido para a cadeia do Jardim Guanabara. Estima-se que a lista de vítimas do casal em Franca também seja extensa.

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