Celular dentro do Guanabara


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Clayderman Alves Eduardo mostra o celular em frente à cadeia do Jardim Guanabara: jeito é barrar entrada de aparelhos na prisão
Clayderman Alves Eduardo mostra o celular em frente à cadeia do Jardim Guanabara: jeito é barrar entrada de aparelhos na prisão
Os sinais de telefonia celular serão mantidos na área da Cadeia Pública de Franca. A unidade prisional não está na lista divulgada pela Justiça, na quinta-feira, como um dos locais que terão o serviço bloqueado no Estado de São Paulo. O único recurso que a polícia continuará a ter para tentar impedir a entrada de celulares na cadeia do Guanabara será mesmo a revista das visitas. Depois disso, é agir imediatamente para apreendê-los, sempre que a polícia tiver a notícia de que há aparelhos dentro da cadeia. Na última quarta-feira foram encontrados dois aparelhos em mais uma operação pente-fino realizada nas celas, apenas dois dias depois de os presos terem feito visitantes de reféns durante todo o dia das mães por quase 24 horas, segundo eles, a mando do Primeiro Comando da Capital. O delegado Alan Bazalha Lopes, responsável pela cadeia, disse que apenas 20% dos detentos que usam os aparelhos têm envolvimento com o crime organizado. “Cerca de 80% dos presos utilizam o telefone para manter contato com a família e são capazes até de negociar serviços internos, como limpeza, em troca de uma ligação”. REGALIAS As visitas, suspensas desde o último domingo, só devem voltar a acontecer daqui a duas semanas e com um esquema especial de segurança. Os presos deverão permanecer atrás das grades e não sairão das celas durante a permanência das visitas no prédio. E, além da revista tradicional, onde os visitantes ficam nus e têm as roupas reviradas, os homens serão recadastrados e terão antecedentes criminais checados. Hoje, 385 homens lotam as celas do Guanabara. Em períodos de normalidade, cada um deles tem direito a duas visitas adultas, sempre aos domingos, e não há restrição ao número de crianças. Em uma conta simples, Bazalha calcula que mais de 800 pessoas circulem no local aos domingos entre 10 e 13 horas, horário formal de visitação. Aos sábados, era permitida a entrega de uma sacola com comida e roupas, verificada pelos policiais. Os detentos também tiveram as demais regalias cortadas. Segundo o delegado, há um regulamento para manutenção de benefícios da cadeia de Franca, o que é comum no sistema prisional brasileiro. “Aparelhos de rádio e televisores são permitidos para que a gente possa negociar e manter a ordem aqui”, explicou Bazalha.

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