A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (31) que vai reduzir em 1,7%, em média, o preço do gás natural vendido às distribuidoras a partir do início de novembro. A queda vale para o gás usado em indústrias, comércios, veículos e residências que recebem o produto canalizado - não afeta o gás de cozinha (GLP), que é vendido em botijões.
Leia mais: Após impasse, Petrobras pode perfurar poço na Foz do Amazonas
Na prática, a mudança pode aliviar custos de empresas e frotas que usam GNV (Gás Natural Veicular), mas o impacto no bolso do consumidor depende de cada distribuidora e da regulação estadual. Isto é, nem sempre a redução chega imediatamente aos postos ou contas de gás canalizado.
Variação acompanha petróleo e dólar
A Petrobras explica que o preço é revisto a cada três meses e segue a cotação do petróleo Brent e a taxa de câmbio entre real e dólar. Mesmo com o leve aumento do petróleo no último trimestre (2,18%) e a valorização do real (3,83%), o cálculo final resultou na queda média de 1,7%.
Desde dezembro de 2022, o preço médio da chamada “molécula do gás” — a parte do produto vendida pela Petrobras às distribuidoras — já caiu cerca de 33%.
Preço final depende de outros fatores
O valor pago pelo consumidor não é definido apenas pela Petrobras. Entram na conta também o transporte do gás, as margens de lucro das distribuidoras e postos, além de impostos estaduais e federais. As tarifas são aprovadas pelas agências reguladoras de cada estado.
Em resumo: o gás natural vendido pela Petrobras está mais barato, mas o desconto final vai depender das decisões de cada distribuidora e do aval dos órgãos estaduais.