CELULAR SEGURO

Celular roubado? VEJA como bloquear mesmo sem ter app instalado

Por Bia Xavier - JP |
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/TV Globo

O roubo de smartphones deixou de ser apenas um prejuízo material e passou a representar risco direto a dados pessoais, contas bancárias e identidade digital. Diante desse cenário, o governo federal ampliou, em 2025, as funcionalidades do Celular Seguro, sistema que centraliza o bloqueio de aparelhos e serviços após furtos e roubos — agora, com um detalhe decisivo: o bloqueio pode ser feito mesmo sem o aplicativo instalado no celular levado pelo criminoso.

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A mudança elimina uma das principais barreiras de acesso ao serviço e torna a resposta mais rápida em situações de emergência. Basta ter uma conta ativa no Gov.br e acesso à internet por outro dispositivo para iniciar o procedimento.

Bloqueio sem app: o que mudou na prática

Até então, o uso do Celular Seguro exigia cadastro prévio do aparelho no aplicativo. Com a atualização anunciada pelo Ministério da Justiça, essa etapa deixou de ser obrigatória. A plataforma passou a funcionar como um hub nacional de emergência digital, acessível pela web ou por outro smartphone.

Na prática, isso significa que qualquer vítima pode agir imediatamente, mesmo que nunca tenha ouvido falar do aplicativo antes do crime. O novo modelo reduz burocracias e aumenta a adesão ao sistema em todo o país.

Como o Celular Seguro age após o alerta

Assim que a ocorrência é registrada, o sistema dispara notificações automáticas para operadoras de telefonia e instituições financeiras integradas à plataforma. O fluxo inclui:

  • Bloqueio da linha telefônica;
  • Restrição do uso do aparelho pelo IMEI;
  • Alerta preventivo a bancos e serviços financeiros.

Essa atuação coordenada dificulta transferências indevidas, compras fraudulentas e golpes aplicados via chamadas ou aplicativos de mensagem. O tempo de resposta é considerado fator-chave para reduzir prejuízos.

O que é necessário para solicitar o bloqueio

O pedido pode ser feito pela internet, com login no Gov.br, informando dados básicos do ocorrido, como:

  • Número do telefone afetado;
  • Data e horário aproximados do crime;
  • Confirmação de titularidade da linha.

Um ponto importante da nova fase do sistema é que não é mais obrigatório informar o IMEI no momento do alerta, o que facilita o processo para quem não tem o código salvo.

Segundo o Ministério da Justiça, o ideal é registrar o bloqueio o quanto antes — preferencialmente em até 15 dias —, mas a recomendação é agir imediatamente após o crime.

Vale a pena se cadastrar antes?

Sim. Embora não seja mais obrigatório, o cadastro prévio no aplicativo continua sendo recomendado. Ele permite registrar aparelhos, salvar informações e indicar pessoas de confiança, que podem emitir o alerta caso o titular não consiga acessar a internet rapidamente.

O app está disponível para Android e iOS e o registro leva poucos minutos. É uma camada extra de prevenção para o dia a dia.

Segurança digital vai além do bloqueio

Especialistas reforçam que o Celular Seguro funciona melhor quando combinado a boas práticas digitais, como:

  • Uso de senhas fortes e biometria;
  • Ativação da verificação em duas etapas;
  • Atualizações frequentes do sistema e dos aplicativos;
  • Cuidado com links suspeitos após a perda do aparelho.

Além disso, registrar boletim de ocorrência segue sendo essencial para fins legais, investigações e eventuais contatos com bancos, operadoras ou seguradoras.

Perguntas frequentes

O celular pode ser bloqueado se estiver desligado?

Sim. A linha e os alertas financeiros são bloqueados imediatamente. A restrição do aparelho passa a valer assim que ele se conecta à rede.

Dá para proteger mais de um aparelho na mesma conta?

Sim. A mesma conta Gov.br pode gerenciar vários celulares, pessoais ou corporativos.

O serviço é pago?

Não. O Celular Seguro é gratuito para o cidadão.

Ele substitui o rastreamento do Android ou iOS?

Não. As ferramentas se complementam: enquanto uma localiza o aparelho, a outra bloqueia serviços e acessos.

Recuperei o celular. E agora?

É preciso solicitar o desbloqueio junto à operadora e às instituições financeiras, usando os registros do alerta como comprovante.

Com a atualização de 2025, o Celular Seguro se consolida como uma das principais ferramentas públicas de resposta rápida a crimes envolvendo smartphones. Em um país onde o celular concentra banco, documentos e serviços essenciais, agir rápido faz toda a diferença.

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