
A crescente tensão entre Estados Unidos e Irã reacendeu alertas de retaliação em larga escala por parte de Teerã. Caso o presidente Donald Trump autorize uma ofensiva militar, o governo iraniano promete reagir com força: “Todas as bases americanas na região estão ao nosso alcance”, declarou o ministro da Defesa, Aziz Nasirzadeh.
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A ameaça se estende a dezenas de milhares de militares dos EUA posicionados em bases estratégicas no Oriente Médio, como al-Asad (Iraque), al-Udeid (Catar), Camp Buehring (Kuwait), al-Dhafra (Emirados Árabes) e Tanf (Síria). A base aérea de Diego Garcia, no Oceano Índico, também é apontada como possível plataforma de ataque a alvos iranianos.
Além da retaliação direta, o Irã pode acionar grupos aliados na região, como o Hezbollah, no Líbano. A milícia xiita, que já travou guerras contra Israel, declarou que os EUA também serão responsabilizados se um conflito for deflagrado. Fontes de inteligência americana indicam que militantes apoiados por Teerã já estariam em alerta.
Na avaliação do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, qualquer incursão militar americana trará “danos irreparáveis”. O Pentágono reforçou a presença de tropas e armamentos e afirmou que proteger os militares é prioridade. Em meio ao risco de confronto, companhias como Air France e KLM suspenderam voos para Dubai, citando a “situação de segurança”.
O clima na região é de máxima tensão. A dúvida agora é se Trump pressionará o gatilho, e quais serão as consequências.
*Com informações do Washington Post
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