VIOLÊNCIA

‘Nunca mais vou abraçar minha filha’, diz mãe da menina de 13 anos morta pela colega

Por Da redação | Taubaté
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Imagem de uma postagem da mãe de Ana Lívia nas redes sociais: 'Nunca mais vou te abraçar'
Imagem de uma postagem da mãe de Ana Lívia nas redes sociais: 'Nunca mais vou te abraçar'

A dor que não vai embora.

Jéssica Higino, mãe da estudante Ana Lívia, 13 anos, morta com um tiro na nuca por uma colega de 12 anos em Taubaté, vem usando as redes sociais para lamentar a morte da filha. Em postagens emocionais, ela vem tentando sensibilizar a sociedade para o caso envolvendo sua filha. “Tem a dor de saber que nunca vou abraçar a minha filha”, disse ela a OVALE.

O caso aconteceu no dia 27 de setembro, no bairro Jardim Paulista, em Taubaté, antes de Ana Lívia e a garota de 12 anos irem para a escola. A colega usou a arma de um tio para atingir a nuca de Ana Lívia, que morreu na hora. A atiradora de 12 anos confessou o crime.

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“Venho aqui, com o coração em luto, me despedir de você pra sempre, mais eu também venho lhe agradecer por esses 13 anos de amizade, obrigada por me escolher como sua mãe. Foi uma honra imensa ter você em minha vida, obrigada por ser minha amiga, minha companheira”, escrevei Jéssica em uma postagem na rede social.

Em outro trecho do texto, a mãe lembrou o pai da estudante, que já morreu.

“Obrigada pelo orgulho de ser aluna nota 10, pelas risadas e piadas que só nos duas tínhamos. Agora, vamos seguir por caminhos diferentes, aqui vai ser difícil sem você, mais por você eu vou lutar, vou sorrir, vou viver. Descanse nos braços do papai Marcelo, eu cuidei de ti por 13 anos, e agora ele vai te cuidar pela eternidade.”

Jéssica confidenciou a OVALE que os dias têm sido muito difíceis para a família, por causa da morte traumática de Ana Lívia.

“Não está nada fácil passar por esses dias. É um momento muito difícil para todos nós”, afirmou. “A gente encontra força na lembrança dela que fica na nossa memória, no nosso coração. Nunca a esqueceremos”.

Segundo Jéssica, o caso da filha dela deve servir de sensibilização para as autoridades discutirem penas mais rigorosas a adolescentes que cometem crimes hediondos.

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Ela também quer saber como a menina que matou a filha dela conseguiu usar a arma.

“A arma era de um tio dela, que é agente penitenciário. A informação da delegacia é que ele não vai prestar depoimento. É obrigação ouvir esse parente, que era dono da arma. Como ela conseguiu dar conta de uma arma daquela? Não é simples de usar, tem travas. Como ela sabia de tudo isso?”, pergunta a mãe.

Angustiada com o andamento do processo, Jéssica quer justiça para a filha.

“Nosso advogado entrou com pedido para se habilitar como advogado de acusação, e não foi permitido. A atiradora é menor de idade e não pode ter advogado de acusação. Quem fará as perguntas será uma psicóloga. Ela é protegida pela lei. Mas minha filha não teve nenhuma chance de se defender”, disse a mãe.

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