
A dengue segue fazendo vítimas na região de Piracicaba em 2025. Somente em Limeira, duas novas mortes foram confirmadas nesta segunda-feira (16), elevando para seis o total de óbitos no ano. As vítimas, duas mulheres com comorbidades, faleceram em maio, mas os casos ainda estavam sob investigação. O município soma 2.940 diagnósticos positivos e mais de 14 mil notificações ainda pendentes de confirmação laboratorial. Outras 19 mortes também estão sendo analisadas.
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Piracicaba mantém atenção redobrada
O cenário não é isolado. Em Piracicaba, a Vigilância Epidemiológica (VE) aponta um número crescente de casos e reforça o estado de alerta. De 1º de janeiro a 10 de junho deste ano, foram 19.139 notificações, com 5.491 casos confirmados e três mortes. Embora os números estejam abaixo dos registrados em 2024 — quando a cidade atingiu 49.734 notificações, 25.169 confirmações e 16 óbitos —, a comparação com 2023 mostra que a dengue continua sendo um problema cíclico e perigoso: naquele ano, foram 11.235 notificações, 2.758 casos positivos e dois óbitos.
A redução em relação ao pico de 2024 não elimina os riscos. A oscilação anual reforça a necessidade de ações constantes, com foco na eliminação de criadouros, educação da população e, principalmente, vacinação.
Vacinação é aliada no combate à doença
Piracicaba segue vacinando crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos com o imunizante contra a dengue. A vacinação acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF), com exceção da UBS Paulista (antigo CRAB). É necessário apresentar documento com foto, Cartão Pira Cidadão ou Cartão SUS.
O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A iniciativa tem como objetivo reduzir a gravidade dos casos e conter a propagação do vírus, principalmente entre o público mais vulnerável.
Situação regional exige ação integrada
Com seis mortes em Limeira e três em Piracicaba, a região acumula nove óbitos por dengue em 2025 — número que pode aumentar com a conclusão das investigações em andamento. O avanço da doença exige uma resposta coordenada entre os municípios, com reforço em políticas públicas, estratégias preventivas e conscientização coletiva.