
A Universidade de Campinas (Unicamp) aprovou a reserva de vagas para pessoas trans, travestis e não-binárias em seus cursos de graduação. A medida, aprovada por unanimidade pelo Conselho Universitário, será válida para ingresso via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e busca ampliar o acesso desse grupo ao ensino superior.
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O sistema prevê oferta de vagas regulares ou adicionais, variando conforme o tamanho do curso. Graduações com até 30 vagas deverão destinar pelo menos uma vaga, enquanto cursos maiores oferecerão duas. Caso as vagas sejam regulares, elas serão retiradas da ampla concorrência. Além disso, metade das cotas será reservada para candidatos que também atendam aos critérios raciais de pretos, pardos e indígenas (PPI).
Para concorrer, os candidatos deverão fazer uma autodeclaração e apresentar um relato de vida, analisado por uma comissão de verificação. O procedimento segue diretrizes da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do Supremo Tribunal Federal (STF).
No Vestibular 2025, 279 candidatos da Unicamp se inscreveram com nome social, e 40 foram convocados, com destaque para cursos como Artes Visuais, Ciências Biológicas e Medicina.
A iniciativa é resultado da mobilização de movimentos sociais e alinha a Unicamp a outras 13 universidades federais e estaduais que já adotaram políticas semelhantes.