
A prefeita Suéllen Rosim (PSD) já bateu o martelo e pretende encaminhar à Câmara o projeto de criação da Guarda Municipal ainda neste mês de fevereiro. A mandatária confirmou a informação ao JC após o vereador Marcelo Afonso (PSD) revelar na tribuna da Câmara que o governo já havia solicitado relatório de impacto orçamentário sobre a medida.
A ideia, a princípio, envolve instituir uma Guarda cujos agentes priorizem locais com maior fluxo de pessoas. "A região central é uma delas. Mas também nos espaços públicos em geral, como praças e demais repartições, inclusive o próprio Palácio das Cerejeiras", explicou.
"Fora, é claro, o patrulhamento de rotina, que deve ocorrer diariamente. Nas escolas, nos eventos que a prefeitura faz, na entrada da cidade", acrescenta.
Suéllen revelou preocupação com o aumento na incidência de furtos no Centro, problema do qual têm se queixado vários comerciantes, mas salientou que, além da Guarda Municipal, o governo vai manter a parceria com a Polícia Militar (PM) através da atividade delegada.
No início da semana, aliás, encaminhou à Câmara projeto que amplia convênios com corporações como a PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Além dos serviços já realizados atualmente, o texto vai conferir aos agentes a atribuição de fiscalização ambiental.
"A criação da Guarda, na verdade, vem a somar com a atividade delegada. São institutos complementares. A Guarda vem para fortalecer e focar em patrimônio público. Estamos falando de pequenos furtos, como de fios, nos Cras, em escolas. E a atividade delegada envolverá segurança, fiscalização ambiental, além da patrulha rural", diz Suéllen.
A prefeita ainda avalia modelos de uma instituição de segurança municipal, mas afirma que a tendência, neste primeiro momento, é criar uma Guarda armada. "Lençóis Paulista e Botucatu implementaram o sistema. Avaliamos cada modelo, mas acho que a [Guarda] armada garante a segurança do próprio agente", pontua.
O modelo de Bauru, de todo modo, não deve incluir a fiscalização de trânsito - tarefa que o governo pretende manter sob responsabilidade do Grupo de Operações de Trânsito (GOT), vinculado à Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Emdurb). Por isso, diz a prefeita, o governo ainda avalia a quantidade de agentes que prevê contratar via concurso público.