CUIDADOS

Rios e lagos: como ajudar uma pessoa que está se afogando

Por Roberto Gardinalli | roberto.gardinalli@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 3 min
Will Baldine/JP
Instrutor orienta sobre riscos de nadar em rios e lagos e como ajudar uma pessoa que está se afogando
Instrutor orienta sobre riscos de nadar em rios e lagos e como ajudar uma pessoa que está se afogando

O Corpo de Bombeiros resgatou, no último dia 7 de janeiro, o corpo de um homem de 27 anos que desapareceu após entrar em um lago no Santa Rita, em Piracicaba. A vítima, segundo informações do Corpo de Bombeiros, foi achada sem vida pelos familiares na superfície da lagoa. Ele tinha desaparecido no último dia 5 de janeiro. De acordo com informações da corporação, o rapaz sumiu enquanto se banhava. O local é bastante usado para esta atividade, apesar da presença de placas informando dos riscos de se nadar na lagoa.

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De acordo com o instrutor Leonardo Lange, especialista em resgate em salvamento aquático, é necessário muito cuidado com corpos d’água naturais ou artificiais, como piscinas, rios e lagos. Segundo o especialista, esses locais podem oferecer riscos por diversos motivos. Segundo ele, “condições precárias de visibilidade do fundo, na questão de verificar a profundidade para ver se 'dá pé' ou não, presença de pedras, galhos, carcaças de veículos, cacos de vidro, ou outras coisas que possam causar ferimentos durante um mergulho” são considerados cenários de risco para banhistas. “A presença de correnteza ou 'corrente de retorno', existentes em praia marítimas, que são fenômenos que podem arrastar o banhista para o fundo, a mudança repentina de condições meteorológicas e presença de animais selvagens que, embora são raros os casos, podem atacar as pessoas dentro d'água, como tubarões, jacarés, algumas cobras constritoras como sucuris”, também podem ser considerados fatores importantes para a segurança em corpos d’água.

Lange explica que os banhistas, antes de entrarem na água precisam observar o local para garantir a segurança durante a atividade. As recomendações são para que o banhista veja se há placas que indiquem que o local é proibido ou perigoso para banho e, até mesmo, que o banhista preste atenção às próprias condições físicas e psicológicas antes de entrar. “Sempre deve prevalecer o bom senso e priorizar a segurança. Na dúvida, não entre”, disse. “se decidir entrar, evite fazer isso sozinho e sempre deixe alguém informado pra onde você vai e a que horas pretende voltar”, completou.
Lange recomenda que as pessoas que não sabem nadar prestem atenção ao nível na hora de entrar em um corpo d’água. “Para quem não sabe nadar, a regra geral é entrar somente até o nível da cintura”, disse. “E muito cuidado com o ‘saber nadar’, pois a maioria das vítimas de afogamento são pessoas que diziam saber nadar”, completou.

Salvamento

O instrutor explica, também, que em situações de pré afogamento, que podem acontecer por motivos como cansaço, cãibras, por exemplo, a pessoa deve manter a calma e pedir por socorro. “Caso haja correnteza, não tente nadar contra. Nade perpendicularmente ou utilize ela ao seu favor”, orientou. Lange explica, ainda, que no caso das pessoas tentarem socorrer alguém que está se afogando, o ideal é primeiro jogar algo flutuante, como uma boia, isopor ou garrafa pet com tampa, por exemplo. Depois, tentar alcançar a vítima com uma corda, ganhou ou com a própria mão se for possível. Além disso, pode-se usar uma embarcação para chegar à vítima. Em último caso, deve-se entrar na água. “Se tiver grande preparo, você poderá nadar até a pessoa para fazer o salvamento, lembrando que esta medida é extremamente exaustiva e perigosa”, orientou.

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