PREVENÇÃO

Cecan de Piracicaba alerta para sinais do câncer de pele

Por Roberto Gardinalli | roberto.gardinalli@jpjornal.com.br
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Divulgação

Associado a dias de sol intenso e ao início do verão, o mês de dezembro também é marcado pelo início da campanha Dezembro Laranja, de conscientização e prevenção ao câncer de pele. A ação foi criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e faz parte da Campanha Nacional de prevenção ao câncer de pele. De acordo com a entidade, este é o tipo mais frequente de tumor maligno no Brasil, correspondendo a 30% do total de casos.

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O médico oncologista Fernando Medina, diretor do Cecan (Centro do Câncer) da Santa Casa de Piracicaba, explica que os raios ultravioletas do sol causam a alteração no DNA celular, desencadeando o câncer. “O calor também leva à desidratação da pele deixando-a mais ressecada e propícia a eczemas e infecções”, disse. Segundo o médico, além de questões genéticas, a exposição ao sol de maneira prolongada, repetida e sem a proteção adequada ainda é o principal fator para o câncer de pele.

Os tratamentos variam, conforme o estágio e tipo de câncer, e vão desde cauterizações, aplicações de ácido e nitrogênio líquido até cirurgia, bem mais frequente. Além disso, é preciso estar sempre atento às pintas do corpo. “Pintas assimétricas, com bordas irregulares, com colorações diferentes, diâmetro maior que 0,6 cm e aumento de tamanho, exigem atenção especial”, diz o especialista.

Entre as estratégias de proteção está o uso diário do protetor solar, mesmo em dias nublados. Porém, o especialista recomenda a exposição ao sol em horários de pico dos raios ultravioletas. “O melhor método, porém, ainda é evitar a exposição em horários cujo raios ultravioletas estejam na sua maior intensidade, ou seja, das 10h às 16h”, explica. Medina alerta, ainda, que qualquer pessoa pode ter câncer de pele, já que o principal fator de risco é a exposição à radiação ultravioleta. Além disso, pessoas com olhos, cabelos e pele clara, muitas pintas, presença de sardas e que possuem doenças imunossupressoras podem ter maior risco para o desenvolvimento da doença.

Números

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o ano se encerrará registrando cerca de 220 mil novos casos de câncer melanoma, o mais comum. Já o câncer de pele não melanoma, o mais grave, apresentará 8.980 novos casos, com perspectivas de crescimento.
“Existe uma preocupação adicional com relação ao câncer da pele do tipo melanoma, por se tratar de um câncer muito agressivo, com elevado risco de metástase e óbito, se não diagnosticado e tratado precocemente”, diz o oncologista do Cecan, Fernando Medina.

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