Na vida em sociedade convenciona-se como normal aquilo que é usual, conforme os padrões e regras vigentes. Em relação aos comportamentos humanos, aceitam-se aqueles que refletem a conduta da maioria, que não contradizem o senso comum nem violam valores e crenças predominantes. Ao refletirmos sobre padrões e critérios de normalidade e suas incoerências, podemos citar, por exemplo, a ingestão abusiva de bebidas alcoólicas, que, embora sabidamente maléfica à saúde física e mental e causadora de incontáveis danos pessoais e sociais, é aceita e estimulada em nossa sociedade. Esse tipo de absurdo, dentre tantos, se faz presente nos diversos setores da vida social.
Os modelos de conduta vigentes refletem o estado de consciência coletivo e os critérios de normalidade variam imensamente nos povos, culturas e períodos históricos, obedecendo ao impulso evolutivo que rege todos os fenômenos. Certos comportamentos, considerados normais em determinada época, passam a ser substituídos por novas condutas à medida que ocorre o progresso individual e coletivo, progresso esse que é cíclico e longo, por isso nem sempre o percebemos em nosso curto período de existência física.
Conforme diversas instruções e revelações espirituais, estamos em transição planetária, rumo a transformações sem precedentes no modo de vida da humanidade, dentre as quais uma ampla renovação nos padrões de conduta. Segundo essa percepção, hábitos e comportamentos serão radicalmente transformados e seremos – desde que aceitemos o processo e colaboremos com ele – curados de desarmonias individuais e coletivas.
Devido a condicionamentos, automatismos e cristalizações, temos repetido comportamentos há séculos ou milênios, muitos dos quais se mostram, atualmente, disfuncionais ou inadequados, por isso necessitamos de outros que possam promover nossa libertação e plenificação, expressando nossos arquétipos divinos. Com esse propósito, indivíduos mais maduros, sábios e amorosos, nos têm ajudado com seus ensinamentos, dos quais os mais eloquentes são seus próprios exemplos de vida. Reconhecer a validade dessas orientações e praticá-las não somente facilita nosso processo de educação integral como nos poupa a um sem-número de sofrimentos.
Saturados dos padrões de comportamento que temos seguido e de suas consequências, estamos, como humanidade, imensamente necessitados de uma transformação substancial, profunda. Parece-nos que esse processo ora em andamento se encontra na fase em que predomina a dissolução e o desmoronamento das estruturas que não atendem às necessidades evolutivas atuais.
Na fase planetária em que nos encontramos certos conflitos tendem a se intensificar e comportamentos destrutivos continuam não apenas vigentes, mas alguns até exacerbados e recrudescentes, como estertores finais antes da sua substituição por outros, compatíveis com o mundo regenerado que se aproxima. Por isso nos tem sido recomendado evitar o envolvimento em qualquer tipo de conflito.
A necessária mudança de padrões depende, em certa medida, de nossa participação, ao nos submetermos às transformações, cultivando e exercitando os novos valores, os quais permitem a expressão de um modo de vida diverso do atual, saturado de vícios, conflitos e degradações. Abrir-nos a esse processo renovador, reconhecendo a necessidade e a urgência de nossa aceitação e colaboração, é decisão que favorece o melhor cumprimento de nossas tarefas evolutivas, especialmente na fase planetária atual.
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