OPERAÇÃO BAAL

MP denuncia criminosos do 'novo cangaço' e 'domínio de cidades'

Por André Thieful |
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Divulgação
Armamento apreendido em Piracicaba durante a Opeação Baal
Armamento apreendido em Piracicaba durante a Opeação Baal

O MP  (Ministério Público), por intermédio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), denunciou 17 pessoas implicadas na Operação Baal, deflagrada no dia 21 de maio deste ano com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa voltada à prática de roubos nas modalidades “domínio de cidade” e “novo cangaço”.

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Em Piracicaba, a Operação apreendeu um fuzil Taurus calibre 556, armamento considerado de alta performance. Com ele é possível atingir um alvo a até 300 metros de distância. O calibre 556 é o mesmo do fuzil AR-15. Também foram apreendidos uma carabina calibre 40, duas pistolas calibre 9 milímetros, um rifle, duas espingardas calibre 22, uma pistola calibre 22, um revólver calibre 22, uma pistola calibre 32, uma pistola Betta calibre 22, quatro silenciadores e munições de diversos calibres. As armas foram encontradas em dois endereços atribuídos a uma só pessoa que foi presa. Outras doze pessoas foram presas na operação.

A pretensão dos cinco promotores que subscrevem a denúncia é que a Justiça condene os investigados, que agora respondem na condição de réus, por prática de formação de organização criminosa e lavagem de capitais, bem como imponha a cada um deles a obrigação de bancar R$ 5 milhões a título de indenização por danos morais à coletividade.

De acordo com o MP, “o modus operandi dos criminosos representa uma forma de conflito não convencional, tipicamente brasileiro e proveniente da evolução de crimes violentos contra o patrimônio, no qual grupos criminosos impedem a ação do poder público por meio do planejamento e execução de roubos que causam um verdadeiro terror social”, diz a nota.

A investigação, desenvolvida em conjunto com a Polícia Federal, teve início a partir de informações provenientes da tentativa de roubo a uma base de valores ocorrida em abril de 2023, na cidade de Confresa (MT). Na ocasião, vários criminosos foram presos ou mortos no confronto com as forças de segurança, sendo que um deles residia em São Paulo e integrava o PCC. Os elementos colhidos a partir de então revelaram que essa e outras ações semelhantes foram financiadas por integrantes do PCC que também atuam no tráfico de drogas e na lavagem de capitais. Além disso, constatou-se que os principais fornecedores das armas de fogo e das munições utilizadas pela organização criminosa são CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

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