O domingo (7) amanheceu com um cenário desolador para admiradores e pescadores do rio Piracicaba, com milhares de peixes encontrados mortos nas margens e nas águas do rio.
O forte odor e a cor escura da água despertaram preocupações imediatas entre os moradores da Rua do Porto e do bairro Nova Piracicaba, que ficaram sensibilizados com a agonia dos peixes lutando pela vida.
O problema foi notado por um motorista que passava pela região nas primeiras horas do dia. "Eu estava caminhando pela avenida Cruzeiro do Sul quando senti um cheiro muito forte, foi então que vi a quantidade enorme de peixes mortos às margens do rio", relatou Osmar Oliveira dos Santos, de 48 anos.
O Pelotão Ambiental da Guarda Civil e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) foram acionados imediatamente para investigar a causa dessa mortandade de peixes, que foi constatada em vários pontos do rio, no trecho compreendido entre a ponte Rua do Porto e a Ponte do Caixão.
Amostras da água foram coletadas e estão sendo analisadas para identificar possíveis agentes contaminantes.
Os moradores, perplexos e preocupados, temem pelas consequências dessa contaminação. "O rio Piracicaba sempre foi um símbolo de nossa cidade, um lugar onde passeamos com nossas famílias. Ver essa situação é muito triste", disse a aposentada Dirce Fernandes Ferreira, 68, moradora da rua Antônio Correa Barbosa e frequentadora assídua das margens do rio.
A mortandade de peixes é um sinal alarmante da saúde do rio e pode indicar um desequilíbrio ecológico severo neste período escasso de chuvas, com o nível abaixo da média.