SANTA RITA

MP vai investigar corte de árvores promovido pela CPFL

A companhia informou que o objetivo é promover a revitalização da arborização urbana

Por André Thieful | 05/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Claudinho Coradini/JP

Corte causou indignação em moradores do Santa Rita
Corte causou indignação em moradores do Santa Rita

O Ministério Público vai investigar a supressão de árvores promovida pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). O corte de árvores está acordado com a prefeitura para  implantação do programa Arborização mais segura.

Na edição desta sexta-feira (05), o JP publicou que o corte de cerca de vinte árvores no bairro Santa Rita, em especial na rua João Flávio Ferro, gerou diversas reclamações de moradores do local. O Ministério Público confirmou ao Jornal de Piracicaba que vai apurar o caso. De acordo com o MP, a 2ª promotora de Justiça Auxiliar Sandra Regina Ferreira da Costa determinou o registro de notícia de fato “para apurar a supressão de mil exemplares arbóreos plantados em canteiros de calçadas de passeio público, canteiros centrais e propriedades particulares na área urbana do município de Piracicaba”, informou.

Na quinta-feira (04), o JP já havia questionado a CPFL sobre a quantidade de árvores que deve ser suprimida pelo programa. A Companhia, porém, informou que o objetivo é promover a revitalização da arborização urbana, por meio da substituição gradativa de árvores que tragam riscos à continuidade do fornecimento de energia, além de choques elétricos e dificuldades relacionadas à acessibilidade da população”, informou.

A companhia também informou que, “como parte desse programa, a CPFL realizou um levantamento de árvores que apresentavam riscos com as redes elétricas, seja devido ao seu porte, seu estado fitossanitário (ataque de doenças ou pragas) ou por serem de espécies inadequadas para o convívio com as redes elétricas ou outras infraestruturas urbanas (redes de telefonia e internet, calçadas etc.”

O titular da Semozel (Secretaria Municipal de Obras e Zeladoria) Márcio Marino, em um vídeo publicado nas redes sociais, disse que houve acordo com a Companhia para que haja compensação. “Ela (a CPFL) vai fazer a supressão dessas árvores que estão afetando a rede, os postes, onde pode ocorrer queda de poste e queda e energia”, disse. Segundo ele, para cada árvore suprimida, cinco serão plantadas.

“Serão árvores de dois metros de altura, não só um broto que vão ser plantadas aqui na região também”, afirma. Além disso, o secretário afirma que também houve um acordo para que as árvores e galhos cortados sejam retirados no mesmo dia. “Se não for cumprido em três dias a CPFL será multada pela Prefeitura Municipal”, disse.

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