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Helinho Zanatta: foco em desenvolvimento e política de resultados; assista

'O que nós colocamos é uma agenda que pense o município em eixos para os próximos 20 anos'.

Por André Thieful | 18/03/2024 | Tempo de leitura: 7 min

Nascido em 13 de março de 1963, em Piracicaba, Helio Donizete Zanatta, o Helinho, trabalhou desde a juventude com agricultura, ramo de atuação de sua família. Sua infância foi marcada pela venda de queijos, produzidos por sua família, no Mercado Municipal. Filho de Hélio Zanatta e dona Terezinha Bechtold Zanatta, Helinho é formado em contabilidade na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), chegou a trabalhar em escritórios em Piracicaba, mas não seguiu na profissão porque sempre se dedicou as empresas da família. Tem quatro filhos, Daniel, Maria Tereza, Hélio Júnior e Luiz Fernando, com idades entre 25 e 34 anos. Após ser eleito e reeleito prefeito de Charqueada, eleito e reeleito prefeito de São Pedro e ser eleito deputado estadual, cujo mandato está em exercício, Helinho Zanatta é pré-candidato a prefeito de Piracicaba. A meta é implantar na cidade o que ele define como política de resultado e criar uma agenda de desenvolvimento econômico e social de Piracicaba para os próximos vinte anos. Helinho disputou a primeira eleição para prefeito de Charqueada no ano 2000, quando foi eleito e reeleito para o período 2004-2008. Entre 2004 e 2011 recebeu convite para ingressar na vida política de São Pedro, decisão que foi tomada em 2011. Em outubro de 2012, Helinho foi eleito prefeito de São Pedro com expressiva votação: 71,15% dos votos válidos. Em 2016, foi reeleito com percentual ainda maior: 77,92%. Os resultados da sua administração tiveram reconhecimento em índices nacionais. Por três anos consecutivos, (2017, 2018 e 2019) um estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) indicou São Pedro como a primeira do país em gestão fiscal. Em 2016, São Pedro foi a cidade com melhor gestão fiscal do Estado e a terceira no país. Em 2017, segunda no Estado e quinta no país. Mais recentemente, em levantamento realizado pelo Grupo Bandeirantes em parceria com o Instituto Aquila, São Pedro voltou a se destacar: foi a primeira colocada na região de Piracicaba no IGMA (Índice de Gestão Municipal Áquila), levantamento que monitora o emprego, a renda, a educação e a saúde de todos os municípios brasileiros.

Helinho, quando começou a pensar na vida política? E m 1996 reunimos um grupo de pessoas e propusemos criar um projeto e para lançarmos candidatos a prefeito e vereadores em Charqueada, cidade onde morava. Acabei não sendo candidato a prefeito e sim a vice-prefeito. Fomos eleitos e, em 1997, fui convidado para assumir o cargo de Chefe de Gabinete. Aí ficamos o mandato inteiro e nesses quatro anos, além de aprender, ajudamos a construir essa política de resultado.

Aí, no ano 2000, o senhor foi candidato a prefeito? Sim, ganhamos as eleições e depois fui reeleito para 2005 a 2008, e depois apoiei meu vice que ficou comigo nesses oito anos. Depois disso, saí da vida pública e fui cuidar dos negócios da família.

E quando começou a avaliar a possibilidade de candidatura em São Pedro? Foi nesse meio tempo, quando eu estava saindo da administração em Charqueada. Recebemos um convite de um grupo da cidade, mas não aceitei na época. Em 2012, porém, novamente recebemos o convite e a proposta era ajudá-los a montar uma política para São Pedro. Eu entendi que aquilo era uma missão e, em 2012, fomos candidatos a prefeitura de São Pedro. Não foi fácil, mas a gente sabia o que precisava ser feito na cidade. Nós saímos com menos de 3% das intenções de voto, mas nós mostramos nosso projeto para a população, discutimos as propostas e ganhamos a eleição com 72% dos votos.  Em 2016 fomos reeleitos com 84% dos votos e, em 2020, apoiei o meu vice que foi eleito é o prefeito hoje.

O senhor está no primeiro mandato como deputado estadual. É, em 2021, eu me mudei para Piracicaba e depois, em 2022, começamos um projeto pensando Piracicaba para os próximos 20 anos, que seria assim. Vamos lançar nossa candidatura a deputado e vamos mostrar um projeto importante para a cidade e para a região metropolitana e Piracicaba abraçou essa ideia. Pela primeira vez nós tivemos mais de 25 mil votos. Criamos uma agenda estratégica de desenvolvimento econômico e social pensando Piracicaba no dia a dia, mas fazendo um projeto para os próximos 20 anos. Porque a cidade, qualquer que seja a cidade, independente do tamanho, ela tem que ter um norte. Se você não tem eixos macros de desenvolvimento, se você não faz uma análise das potencialidades e limitações que ocorrem hoje e onde queremos estar lá em 2040, 2045, como é que você dá um norte para uma cidade do tamanho de Piracicaba, sem um planejamento estratégico? Fica ao viés eleitoral. A cada quatro anos você tem um soluço de quem pode, de quem não pode, qual caminho segue esse e qual caminho segue aquele. Cada governo tem o direito de fazer o seu plano, mas o que nós colocamos é uma agenda que pense o município em eixos para os próximos 20 anos, então é um agenda de Estado.

E como seria essa agenda? Essa agenda seria discutida com a sociedade, com todos os representantes legítimos da sociedade, com todos os canais de comunicação, vai ter que ser conversada, debatida e feita através de eixos macros de desenvolvimento porque, a partir daí, você cria uma agenda estratégica que não é do governo, não é do mandato do prefeito, mas uma agenda para os próximos anos que é da sociedade piracicabana. É lógico que esse processo tem que ter o apoio e trabalho da prefeitura para que ela conduza esse projeto e, a partir daí, tem uma agenda estratégica. Esse é o grande desafio que, se nós estivermos a frente, nós vamos colocar em prática em Piracicaba, porque nós fizemos isso em São Pedro, fizemos isso em Charqueada em menor escala, e isso que estamos falando, as grandes cidades que fizeram, que criaram essa ferramenta estratégica, o desenvolvimento delas foi acima da média, acima da curva e todos elas conseguiram melhorar a qualidade de vida e melhorar a condição de vida dos mais necessitados e da sociedade como um todo. Não é o Helinho que está inventando a roda, isso já existe.

Essa estratégia vem de empresas? Também. Quando você pega uma empresa, seja ela pequena ou grande, ela tem uma estratégia, tem um planejamento de curto, médio e longo prazos. O que a gente está propondo não é nada diferente disso.

E como fazer isso em uma prefeitura? A prefeitura tem uma identidade social, tem um papel na sociedade, mas ela não deixa de ser uma empresa pública, tanto que ela tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas). Então ela tem personalidade jurídica e, por ser uma prefeitura, tem que transformar bens sociais, fomentar desenvolvimento, cuidar das pessoas, pensar a cidade estrategicamente, fazer políticas públicas, mas ela não pode ser ineficiente porque ela tem que trazer resultado para o cliente da prefeitura: o cidadão. Porque é ele que tem que sentir os benefícios porque é ele que paga a conta, como contribuinte, seja na escala que for. Esse, eu acho que é o grande segredo.

Hoje, o senhor se define como pré-candidato a prefeito de Piracicaba? Nós vamos ser pré-candidato, mas ainda não lançamos a pré-candidatura. Fizemos três coisas de maio do ano passado até hoje. Primeiro, a gente observou todos os pré-candidatos. Olhamos o que cada um está pensando e entendemos que cabe nessa campanha esse nosso projeto, que é bem diferente do que os pré-candidatos estão propondo para cidade e é uma oportunidade para o eleitor ter mais uma opção de voto. Segundo, nós, de maio até agora, em dezembro, nosso grupo fez um diagnóstico técnico da cidade, porque como vou me lançar a uma pré-candidatura sem conhecer a realidade do município, sem conhecer a realidade da máquina pública. Como está a montagem? A montagem vem de vários governos, cada um dando o seu toque. Então, estamos fazendo nosso plano de governo e essa agenda estratégica estará no nosso plano de governo. Uma das nossas ferramentas de trabalho vai ser essa: uma agenda estratégica de desenvolvimento econômico e social, pensar a cidade no hoje, no que é urgência, no que é emergência, no que é curto, médio e longo prazo.

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